terça-feira, 28 de junho de 2011

Entrevista com Wilmar Lacerda

Wilmar Lacerda é Coordenador Chefe da Coordenadoria de Assuntos Legislativos da
Secretaria de Governo do DF e 1º suplente do senador Cristovam Buarque (PDT). Em
entrevista ao DF Notícias Wilmar ressaltou a importância de ações na área da saúde,
segurança e transporte. Segundo ele, o governo precisa de tempo para agilizar as
demandas do governo.

Wilmar, como está a relação do governo com a Câmara Legislativa?

O governo coordenado pelo companheiro Agnelo inaugurou uma nova maneira
na relação institucional com a Câmara Distrital, Câmara Federal e com o Senado.
Primeiro, é uma relação absolutamente republicana, onde transparente de diálogo e
focada em objetivos. Estes são os principais pontos da nossa relação.

O senhor acha que durante o primeiro semestre houve demora na aprovação ou no
encaminhamento dos projetos?

Por parte do governo não. Primeiro, a Câmara tem uma formação de 17 partidos
diferentes, apenas três partidos tem mais de um deputado. Dois do PMDB, dois PPS
e cinco do PT, os demais partidos tem apenas um deputado cada um. Segundo, que
é um governo de uma ampla coalizão. E terceiro, que a gente identifica os problemas
que a própria Câmara tem na sua condição, na efetivação dos seus trabalhos. Do
lado do governo o desempenho da Câmara é extremamente positivo, pois nós
conseguimos aprovar os principais projetos que o governo demandou na casa, com
apoio em conjunto dos deputados e com diálogo, com a base e com deputados da
oposição.

A maioria dos deputados, inclusive da base, tem reclamado da demora na provação
dos projetos. O que o senhor acha?
Essa é uma questão inerente a casa e também não posso dar opinião sobre essa
questão. Agora, acredito que possa ser uma dificuldade. Porém, existe um esforço
da presidência e dos líderes no sentido de aprovar um projeto de cada parlamentar,
ainda este semestre, e tudo leva a crer que isso possa acontecer no mês de junho. Da
parte do governo, nós já aprovamos 22 Projetos de Lei este ano. Pautas importantes
como o Projeto de Lei que estabelece o Plano Diretor de Transporte Urbano do
Distrito Federal. O DF não tinha um plano diretor que investisse milhões na região.
Então, esse projeto vai possibilitar que a gente receba recursos na ordem de R$ 2.400
bilhões para resolver um dos grandes problemas que é a questão da mobilidade

urbana. Outra questão fundamental é aprovar o pacote da saúde, que vai possibilitar
a reforma dos hospitais, a construção de 14 UPAS e a contratação de mais 11 mil
servidores para diversas especialidades na área da saúde. E também, é claro, o
projeto que vai possibilitar a construção do estádio Mané Garrincha para a realização
da Copa das Confederações, Copa do Mundo e tantos outros eventos internacionais,
com capacidade para 70 mil espectadores. Então, no momento, nós entendemos que
a Câmara tem dado resposta a diversos projetos de lei de iniciativa do governo e de
destinação de recurso.

Os Deputados reclamam que há muitos interlocutores e que isso dificulta na hora de
falar com os secretários e o com o governador.

Em todos os governos existiram todos esses cargos, ninguém está inventando nada.
Sempre existiu o presidente da Câmara, sempre existiu o líder do governo e sempre
existiu o articulador político da Casa. Então, isso não é coisa de interlocutor, muito
pelo contrário. A facilidade é muito grande, porque nós temos diversos interlocutores
para dialogar com o conjunto de deputados.

Bom, nós zeramos, diminuímos o número de cargos comissionados e nós temos
dificuldade para atender uma base ampla de 16 partidos e mais o conjunto das forças
políticas do PT. Então, imagine um governo que tinha 22 mil cargos comissionados,
que são exonerados 100%. Não vai ter a quantidade de cargos que o deputado
quer ou pretende. Queremos, agora, qualificar os cargos comissionados e estamos
melhorando a gestão de governo. Uma questão que o governo esta mandando é
o PL da Reforma Administrativa, onde nós estamos definindo o número de cargos
nas Secretarias e nas Administrações Regionais. Um exemplo claro, é que estamos
tirando das Administrações Regionais mais de 1.300 cargos. Então, para ter
uma resposta para a sociedade da diminuição do número de cargos, focamos na
qualificação e a profissionalização desses cargos. Temos que remunerar melhor
muitos profissionais que a gente não consegue atrair para o serviço público. Grande
parte desses cargos são cargos inerentes determinado da categoria. Na educação,
são mais de 680 escolas, imagine quantos cargos comissionados vai ai. Na saúde,
encontramos profissionais servidores públicos, segurança pública a mesma coisa.
Cargos comissionados de livre provimento são poucos. Então, é essa dificuldade que
o governo tem de atender todos os parlamentares.

A bancada da segurança está dando muito trabalho?

Acho que essa origem é uma relação com esse setor. Na verdade, existe uma relação
muito boa da base do governo. Até porque são cinco deputados da base e, inclusive
o presidente da câmara, que é um parlamentar da área de segurança. A relação
é extraordinária, então, não vemos nenhum problema. Até porque nós temos que
investir em segurança pública. A gente tem uma onda de assassinados do DF e uma
condição que favorece a criminalidade. Então, vamos rever toda essa trajetória e
vamos colocar recursos nas áreas mais importantes.

O senhor não acha que o governo de Agnelo está muito lento?
Primeiro, não acho que está lento! Acho que todo governo precisa de um tempo para
que as pessoas entendam seus resultados. Até porque não estamos num governo
comum. Estamos num governo pós-crise, que desmantelou o conjunto de serviços
públicos prestados pelo Estado em Brasília. Um governador preso, deputados caçados
e uma crise institucional que envolveu os poderes do GDF e a possibilidade de
interromper o nosso processo democrático, e tudo que aconteceu no passado. Não
é fácil reconstruir um Estado. Os resultados do governo Agnelo são necessário e,
com certeza virão, mas precisa de um tempo. As pessoas tem que entender que
este governo tem foco nos serviços públicos e nas pessoas. Por isso, a criação da
Secretaria das Crianças, Secretaria da Mulher, Juventude, Transparência Pública, do
Meio ambiente, da Micro e Pequena Empresa... Ou seja, uma serie de secretarias que
estão se estruturando para realizar o trabalho para Brasília. Estamos reestruturando
a gestão na área de saúde, já normalizamos o atendimento da rede de remédio,
combatemos todo tipo de desvio e de contratos. O Estado estava em coma, na UTI, e
reconstruirmos sobre com enfoque na transparência. Os resultados irão aparecer.

Wilmar, duas CPIs foram abortadas na Câmara: a CPI da Saúde e DFTrans. Não seria
o grande momento de fazer as CPIs e mostrar o resultado para população. Porque
essas CPIs não foram abertas?

A população de Brasília sabe do caos que nós encontramos no serviço público do
Distrito Federal. Não há necessidade de nenhuma CPI para mostrar os desmandos
dos últimos anos nessas áreas. O que população precisa é de resultados concretos
para ser bem atendida com o serviço público do DF. A eleição e a crise acontecida
no passado recente levou a tona tudo isso, não precisa de CPI pra mostrar o caos
da Saúde, transporte... até porquê toda CPI tende a paralisar as respectivas áreas
no governo. O povo precisa de hospital funcionando de profissionais competentes a
todo o momento, aptos a atender a população que é maltratada nos hospitais públicos
da cidade. Na segurança pública precisamos de servidores na rua, combatendo
crime, com equipamento para combater os desmandos. Até porque, desmando no
Pró-DF, todo mundo sabe quem são os responsáveis. Depois disso, nós estamos
reconstruindo e focados nos problemas sociais. CPI que serve para os poucos da
oposição ficarem fazendo enfrentamento ao governo... não tem cabimento ficar por
conta de um ou outro. A saúde hoje é foco. É evitar doenças, precisamos educar
para tirar as pessoas dos hospitais. Então, nós temos que mudar completamente o
processo de gestão em cima da saúde preventiva. Esse é um resultado em médio
prazo.
Acho que o nosso governo, pode ter certeza, que não é um governo fraco, que precisa
de tempo para que possamos ter os resultados. Estamos muito focados na gestão
pública, na reconstrução do estado DF, no serviço de saúde, transporte coletivo,
segurança e outras áreas na geração de emprego, renda e de combate à miséria. A
diferença entre ricos e pobres no DF é extraordinária. Temos absoluta certeza que nos
próximos três anos e meio a população de Brasília vai ter orgulho do governo Agnelo
Queiroz.
























segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jornalista é agredida pelo assessor do deputado Joe Valle

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Escrito por Simone de Moraes   
A jornalista Simone de Moraes, editora chefe do Câmara em Pauta, foi agredida verbalmente ontem (23) no corredor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, pelo assessor do deputado Joe Valle, que não gostou da matéria escrita pela repórter, a respeito da decisão do CCJ que rejeitou a PL nº 741/2008, que proíbe a contratação pelo GDF de empresas cujos proprietários, acionistas ou dirigentes fossem parlamentares ou parentes deles em até terceiro grau. O assessor destemperado disse à jornalista que ela faz um jornalismo “tosco”, e acusou-a de receber dinheiro do deputado Chico Leite para publicar a matéria.
Nós do Câmara em Pauta, entendemos que qualquer cidadão pode discordar das matérias em nosso site, como entendemos que caso a pessoa que esteja sendo agredida, tem todo direito de pedir direito de resposta e reparação por danos morais, o que não aceitamos é que um profissional de jornalismo seja agredida em sua honra pessoal e profissional, apenas porque um “assessor” não gostou do que leu.
Nós, esperamos uma resposta do deputado distrital sobre o assunto, relatado e gravado (com cópia para quem quiser ter acesso) pelo Câmara em Pauta.
Escrito por Simone de Moraes   
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Viúvas dos Rorrudas se unem

Depois de seis meses de luto e compunção, as viúvas carpideiras dos


“Rorrudas” (mistura de Roriz com Arruda) saem das sombras, e se organizam


em bando para reclamar por espaços no poder. Em cenas que dá pena e dó, é


possível vê-las nos espaços democráticos das redes, com discursos inflamados


e uníssonos, pedindo moralidade.






Acostumados ao “toma lá dá cá” de repente se viram numa situação lamentável


de penúria. Suas bolsinhas sempre recheadas de moedas da bajulação, agora


vazias, não pagam mais seus cafezinhos. Muitos agora posam de baluartes da


liberdade de impressão e suposição, para a cada dia, criarem novos


factoides, alguns com o realismo fantástico de dar inveja a Gabriel Garcia


Marques.


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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Avanço nas negociações para o pagamento dos precatórios

Empenhada em agilizar o processo dos pagamentos dos precatórios devidos aos servidores públicos pelo Governo do Distrito Federal, a deputada distrital Rejane Pitanga e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) José Eudes, estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira com o presidente do Banco de Brasília (BRB) Edmilson Gama e Silva.
O resultado da discussão apontou para a criação de um grupo de trabalho envolvendo os trabalhadores, o governo, o BRB e o Tribunal de Justiça do DFT com o objetivo de encontrar  mecanismos efetivos para o pagamento das cartas precatórias.
Para a deputada Rejane Pitanga, a celeridade no pagamento dos precatórios dos servidores do DF é justa e urgente. “Há vários anos os trabalhadores e trabalhadoras do DF vêm lutando para que o governo quite suas dívidas. Esse é um direito dos trabalhadores”, disse.
Atrapalhando

Dizem que tem deputado da base governista atrapalhando. Eles juram que são da base e alfinetam o governo sempre que surge oportunidade, isso é notado também no Plenário da Câmara, em seus discursos. Por essa e por outras que já pensam levá-los para alguma secretaria. Os suplentes podem ser menos rebeldes, afirmam.

Sem educação

Tem motorista que desafia a lei. Testemunhamos essa prática todo dia, todos os minutos. Tem gente falando ao celular, fumando, comendo, ouvindo música alta, dirigindo bêbado, estacionando em vagas de idoso, deficiente  e cometendo muitas outras irregularidades. Alguns dizem que tem dinheiro para pagar as multas e outros reclamam do excesso de multas. Então , a solução é levar a sério a contagem de pontos na carteira, suspender a mesma e levar esse pessoal para a escolinha . E para quem não quer obedecer  a lei, que pague muitas multas mesmo. E o Detran tem que multar mesmo. Educação faz bem a todos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Se a moda pega

Essa de manifestantes jogarem sapatos usados na Administração Regional de Águas Claras pode criar moda. Imagine quanta coisa pode ser jogada na hora de algum descontentamento?  O de tudo isso é que algumas pessoas da cidade não concordam com a indicação do novo administrador,  que foi  realizada pelo  deputado distrital Olair Francisco, que é dono de uma cadeia de lojas de calçados.

Falando em calçados

O próprio deputado Olair Francisco promete presentear os colegas da Câmara Legislativa, em breve, com um par de sapatos de altíssima qualidade, encomendado sob medida, em São Paulo. Mas, segundo  Olair, os deputados deverão doar alimentos perecíveis em troca do presente. Agora só resta escolher o dia e o local para a entrega. Ah! São de cores diferentes.

Polícia Civil incentiva ocorrências pela internet e pelo Disque-Denúncia no DF

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A Polícia Civil do Distrito Federal lançou ontem uma campanha para incentivar o uso da internet e do Disque-Denúncia (197) no registro de ocorrências. Até o dia 22, agentes da Divisão de Controle de Denúncias e Ocorrências Eletrônicas (Dicoe) vão distribuir folders com explicações sobre esses serviços.
Durante toda a campanha, das 6h às 9h e das 17h às 20h, eles visitarão oito estações do metrô para orientar o público. Segundo a diretora da Dicoe, a delegada Christianni Viegas Zago, no ano passado foram registradas 12,8 mil denúncias. Este ano, até maio, o número chegou a 7,9 mil. “Sentimos que a sociedade tem um certo receio em denunciar, e não é isso que queremos. É necessário uma parceria entre polícia e população, pois garantimos sigilo absoluto”, afirma.
Por meio da Delegacia Eletrônica, o usuário poderá registrar ocorrências de extravio de documentos ou objetos, acidentes de trânsito sem vítima, furtos, desaparecimento e localização de pessoas, no endereço www.pcdf.df.gov.br. O Disque-Denúncia (197) e o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br possibilitam à população fazer, a qualquer hora, denúncias de crimes, localização de procurados pela Justiça, entre outras.
Falta de Segurança no Trabalho
Já são seis mortos e onze feridos  contalibilizados só este ano nas obras  do DF. Isso se deve as precárias condições de trabalho segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário de Brasília. É preciso ver de perto esse problema logo.
Crime que cresceu
O número de estupros no DF cresceu de janeiro a março, 55% em relação ao mesmo período do ano passado. O mais triste no caso da moça da 108 Norte é que várias pessoas testemunharam ela ser levada pelo estuprador e ninguém fez nada.  O número do disque-denúncia é 197 e ninguém precisa se identificar.
 Washington Mesquita deixa bloco
É oficial , pois já foi publicado no Diário da Câmara Legislativa o desligamento do deputado distrital Washington Mesquita (PSDB) do bloco PTB/PP/PR/PSDB. O parlamentar não anunciou o ingresso em outro bloco partidário da Casa e assume a liderança do PSDB na Câmara.
Um oásis no caos
O Ministério Público do Distrito Federal, por meio da Promotoria de Justiça da Defesa da Saúde (Prosus), e o Ministério Público Federal acusam o governo do DF de deteriorar a estrutura do tratamento ofertado a pacientes hemofílicos. Em carta à Prosus, a Associação dos Voluntários, Pesquisadores e Portadores de Coagulopatias (Ajude-C) diz que a estrutura do Hospital de Apoio está sendo diluída, o local de realização de exames mudou e a dispensação de medicamentos se tornou morosa, mas o GDF esclarece que o Programa de Atendimento aos Hemofílicos está funcionando dentro da normalidade. Não podemos esquecer que o Hospital de Apoio é o diferencial na rede pública de saúde.
Na Hora amplia horário
Os postos do Na Hora, na Rodoviária e em Taguatinga ampliaram o horário de atendimento para emissão de passaportes. Agora, os atendimentos serão de segunda às sextas-feiras de 7h30 às 24h e de 7h30 às 19h aos sábados. O novo horário funcionará até que haja redução nos prazos de pedido de agendamento para passaporte. O povo está com grana. 




domingo, 19 de junho de 2011

Não foi desta vez

Aquele clima de aparente interesse pela causa “publica” acabou. Na Câmara Legislativa do Distrito Federal finalmente os deputados distritais começam a mostrar a verdadeira cara de Pandora. Adiado por três vezes a votação do projeto de lei complementar nº 1/2011, do deputado Chico Vigilante (PT), que permite a abertura de postos de combustíveis nos estacionamentos de supermercados e hipermercados, com intuito de barrar o cartel dos combustíveis no DF foi aprovado na sessão plenária de hoje, mas a emenda nº 8, apresentada pelo deputado Raad (DEM), inviabilizou a conclusão do processo de votação, e segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pesquisadores usam corrente elétrica para diminuir desejo de fumar


Pesquisadores da Universidade de Brasília estão testando uma nova técnica para diminuir o desejo pelo tabaco em pacientes fumantes: a estimulação transcraniana com corrente direta (ETCD). “O tabaco é uma substância química, e sua falta gera o desejo, como ocorre com todas as outras drogas", diz o professor Raphael Boechat, da Faculdade de Medicina. "A técnica tenta modular a parte do cérebro que sente falta dessa substância, para diminuir a vontade e o desejo que o tabagista tem de fumar”. O objetivo é fazer testes com 60 pacientes e observar os resultados.
A ETCD é uma técnica não-invasiva, aplicada sem anestesia. A parte do cérebro a ser estimulada recebe uma corrente elétrica baixa, que atravessa a pele e os ossos, gerando uma corrente que passa pelo crânio por 20 minutos. Como todo o funcionamento do cérebro ocorre por meio de correntes elétricas, a geração dessa nova corrente altera o funcionamento da região do córtex pré-frontal, modulando um grupo específico de neurônios que estão relacionados diretamente ao desejo de fumar para que o paciente não sinta o desejo pelo tabaco. Ao contrário do que parece, a estimulação magnética não provoca choques.
“Quando falamos em corrente elétrica, os pacientes já ficam assustados, mas a carga elétrica é muito baixa e não é possível sentir nada”, afirma Raphael, fazendo questão de ressaltar que a técnica é indolor. As pesquisas com ETCD foram aprovadas pelo Comitê de Ética da UnB no ano passado e são realizadas no Hospital Universitário (HUB). Até agora, dois pacientes já receberam o tratamento. “Um deles disse que teve uma grande melhora, já o outro não notou diferença”.
Esse tipo de pesquisa já vem sendo conduzido nos Estados Unidos há alguns anos. A pesquisadora Maria Celia Brangioni, do Ambulatório de Psiquiatria da HUB, conta que estudos norte-americanos apontam um certo tipo de neurônico como responsável pelo desejo de fumar. "Nosso objetivo é confirmar esses estudos, para que então a ETCD seja uma nova modalidade para interromper o vício”.
A ETCD funciona de forma diferente dos outros métodos mais populares, como os adesivos de nicotina. Nos adesivos, o tabagista tem a impressão de já ter ingerido a substância. Já na estimulação transcraniana o desejo e a necessidade de ingerir a substância diminuem.
Quem tiver interesse em fazer o tratamento pode entrar em contato com o Laboratório de Psiquiatria da UnB, de segunda a sexta de 8h às 12h, e das 14h às 17h pelo telefone 3107-1978 ou pelo e-mail secretariapsiq@unb.br. São cinco sessões diárias, de segunda a sexta. Veja abaixo os critérios de seleção para os pacientes:
      01.  Fumantes, de pelo menos 10 cigarros por dia, há no mínimo um ano;
02. Não estejam, no momento, em tratamento para o tabagismo (medicamentoso ou não). Pacientes que já fizeram tratamentos prévios estão aptos a fazer o teste;
03. Idade entre 18 e 65 anos;
04. Não poderá ser analfabeto;
05. Não poderá ser incapaz de entender substancialmente o projeto ao qual está se submetendo;
06. Não poderá estar grávida;
07. Não poderá ser portador de comorbidade importante que possa interferir no seguimento do projeto.
Fonte: Agência UnB

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Câmara surpreende mais uma vez

Que confusão na Câmara, ontem ( 15). O Projeto de lei que autoriza postos de combustíveis nos supermercados foi para o segundo turno. Antes, o deputado Chico Vigilante ficou inconsolável, pois aprovaram uma emenda ao projeto que segundo ele inviabiliza o projeto. E na hora de votar a lei que regulamenta a entrega dos títulos , de autoria do deputado Chico Leite até o presidente da Casa saiu. Só se ouvia Chico Leite perguntando: Cadê ele? Faltou quórum para aprovar a dita lei.
Exagero
A Caesb está cobrando a ligação de esgoto, na Quadra 17, do SIA, mas não tem esgoto. Aí vem a cobrança da construção da fossa, novo gasto para o empresário. Está faltando coerência nas cobranças e o povo continua a reclamação o de sempre: por que não fazem o esgoto para depois construírem o asfalto? É um quebra, quebra. Falta planejamento e bom-senso.
Os ratos
No centro de Taguatinga, saindo dos bueiros de água pluvial, ratos tomam conta das ruas à noite em busca de comida. E são imensos, às vezes é possível encontrar famílias inteiras passeando, entrando nos prédios. Não está na hora da Vigilância Sanitária colocar aquele veneno?
Desculpas demais!
Alguns órgãos do GDF deviam trabalhar, atender bem o usuário e deixar de lado as velhas desculpas que a demora no atendimento se dá porque estão com pouco servidor e que já pediram autorização para o governador para fazer concursos. Desculpas como essas não colam, pois há muito servidor batendo pernas por aí.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não ao trabalho infantil
Criança e jovem nunca devem deixar ou negligenciar a escola, para trabalhar. Aquele dinheiro fruto desse trabalho não vai resolver o problema deles, vai sim, perpetuar a miséria em que vivem. Enquanto a educação, o estudo oferecem um  futuro melhor para eles.  Manter as crianças e jovens estudando é economizar, para depois lucrar. Campanhas no ar.
Tem que melhorar
Está na hora de todos darem sua contribuição para esta cidade, começando com os rodoviários. Vamos parar nas paradas, respeitar os passageiros. Os donos de ônibus devem tirar as latas velhas de circulação, mantê-los limpos. Movimento pelos direitos de todos está na rua fotografando e pegando os flagrantes do dia- a- dia. Legal, o DF Notícias vai publicar os excessos, apresentar as coisas boas também e sugerir soluções.

Conselheiros reivindicam condições de trabalho


 No Distrito Federal atuam 165 conselheiros em 33 Conselhos Tutelares. É um cargo de dedicação exclusiva e os conselheiros são eleitos pelo voto direto pela comunidade para um mandato de três anos, permitida uma recondução. Mas segundo esses conselheiros, falta estrutura para atender a população, até para garantir a privacidade dos menores e suas famílias que procuram os conselhos. Além de não contar com condições de trabalho, os conselhos ainda não possuem instalações próprias em cada cidade satélite. Desde 2009, a maioria dos conselhos trabalha em locais cedidos pelas administrações regionais.
Duas reivindicações são unânimes em todos os conselhos das regiões administrativas: sede própria, que estrutura que promova sigilo, conforto, praticidade no atendimento e melhores condições de trabalho. “Fizemos uma mobilização por condições dignas de trabalho e estamos assim assegurando o direito de crianças e adolescentes à educação, à saúde, ao lazer, à segurança”, relata o conselheiro Martiniano Batista dos Santos, de Itapuã.
Para  Rodrigo Batista Figueredo e gerente do Centro de Referência da Criança e Adolescente (CRCA), os conselheiros  trabalham no âmbito de proteção e direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e Adolescente. 
Durante a manifestação, o Conselho de Ceilândia que estava em um local emprestado, dividindo espaço com uma Subsecretaria de Juventude, sofreu um pedido de despejo por falta de pagamento de aluguel do local. Em nota a Secretaria da Criança afirmou que sabendo da situação da ordem de despejo do órgão fez esforços junto à Administração Regional, e ofereceu três lugares onde eles poderiam se estabelecer temporariamente, contudo a ordem de despejo foi cancelada.  A secretaria aguarda um local que a Administração cederá para instalar o conselho em questão. Em relação à falta de funcionários, a Secretaria vai fazer novas nomeações de agentes administrativos.
“ Temos que garantir uma estrutura mínima para o funcionamento dos conselhos”, ratifica a conselheira Leidiany Campos Pinheiro que pertence ao Conselho Tutelar de Itapoã apontando a precariedade da sede que fica dentro da Administração Regional da cidade e descrevendo como deveria ser o ambiente: “Teríamos que ter cinco salas, uma para cada conselheiro, por causa do atendimento, pois assim poderemos oferecer privacidade às famílias; uma sala para guardar os processos; outro local para o pessoal administrativo; computadores, pois os que temos são emprestados; uma impressora.”
Os conselheiros criam laços com a comunidade que sensibilizada com a dificuldade com que trabalham, doam de tudo em algumas cidades: o sofá, o bebedouro e até um lote para construir a sede do conselho, no caso de Itapoã.
Por trabalharem com jovens envolvidos com drogas e traficantes, os conselheiros muitas vezes sofrem ameaças e os conselhos não contam com segurança no local de trabalho para protegê-los.
O ex-segurança Pedro Damasceno que estava no Conselho Tutelar de Itapuã coloca suas esperanças nos conselheiros, pois precisa de ajuda para sua filha de 15 anos que tem envolvimento com drogas desde os oito anos. “Desconfiei que minha filha usava drogas, porque ela não se adaptava na escola, não conseguia aprender a ler e escrever. Considero o trabalho dos conselheiros de extrema importância também para as famílias”, confessa.
Os Conselhos Tutelares de Taguatinga e de Brasília são os mais antigos do DF e possuem uma estrutura melhor que os demais. Eles têm infraestrutura com salas para cada conselheiro, local adequado para guardar as pastas com cada atendimento. Mas em Taguatinga essa estrutura está longe de ser o ideal. Segundo a conselheira Áurea Veloso Lopes os computadores funcionam de maneira precária, o atendimento 24 horas é inviável, pois falta funcionário, segurança, principalmente à noite. “ Atendemos no Distrito Federal todo tipo de conflito, familiar, inclusive com usuários de drogas e precisamos de segurança. Também é preciso que haja o reconhecimento da função que desempenhamos”, conclui.
Durante a visita que nossa equipe fez ao Conselho Tutelar de Taguatinga, alguns conselheiros preenchiam um formulário que a Secretaria da Criança enviou para detectar as necessidades estruturais do órgão e das pessoas envolvidas no trabalho.
Dona Maria de Lourdes, mora no Gama. Acha que o Conselho Tutelar ajuda muitas famílias que não entendem quais os direitos das crianças e nem sabem reconhecer uma violação de direitos dentro de casa.”Já precisei dos serviços do Conselho Tutelar e fui bem orientada pelos psicólogos. Acho que ganham pouco, pelo que fazem. Eu não ouvi nenhum deles reclamando de salário, mas sei que ganham pouco”, acrescenta Lourdes.
Ficou acordado durante o último encontro entre conselheiros e GDF, que o governo irá enviar um projeto de lei para a Câmara Legislativa contemplando as reivindicações dos conselheiros a curto, médio e longo prazos. E dia 20/06, às 19h, o governo e os conselheiros têm encontro marcado e voltam a discutir a situação dos Conselhos Tutelares em uma audiência pública no auditório da Câmara Legislativa, numa iniciativa do vice-presidente da Casa, Dr. Michel e do deputado Prof. Israel.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Professores de escolas particulares em campanha

  

A campanha salarial dos professores, coordenadores e orientadores educacionais das escolas particulares está em curso, mas após cinco rodadas de negociações com o Sinepe (Sindicato dos Donos das Escolas), o Sinproep ainda não fechou uma proposta que atenda à categoria.
Para Rodrigo de Paula, presidente do Sinproep a cada reunião fica a decepção de perceber o quanto a categoria é desvalorizada. Os empresários da educação se  esquecem que o piso da categoria  de educação infantil é de R$ 5,50 (cinco reais e cinqüenta centavos) ou seja um professor que trabalha um turno ganha R$577,00 (quinhentos e setenta sete reais) brutos. “ A proposta do Sinepe é de aumentar apenas R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos) no valor da hora aula, isso sem falar que os professores não têm auxilio alimentação, trabalham um terceiro turno em casa, corrigindo provas, fazendo trabalhos e não recebem por isso”, afirma de Paula.
                Em relação às escolas que pagam os salários acima do piso a proposta das escolas é de reajustar o valor da hora aula em apenas 6,3 % (seis vírgula três por cento), a partir de 1º de maio o que corresponde à reposição da inflação. “ Esquecem que as mensalidades foram reajustadas em media de 10,5 % (dez vírgula cinco por cento),  em 1º de janeiro e que a mensalidade do DF é a mais cara do Brasil”, argumenta Rodrigo.
              Para Amábile Pacios, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Brasília, o aumento oferecido no piso salarial corresponde a 11% de aumento, que corresponde no final a 20%, levando-se em conta a carga tributária paga. “ As escolas que pagam o piso são escolas localizadas em cidades onde os pais não podem pagar uma mensalidade maior e, por isso as escolas precisam apertar o cinto para sobreviverem. Esperamos em breve fecharmos um acordo que seja bom para todos”.
              Com objetivo de denunciar a falta de acordo, o Sinproep estará realizando uma campanha nas portas das escolas com o titulo “quanto vale um professor?” demonstrando aos pais a verdadeira realidade dos Professores, Coordenadores e Orientadores Educacionais das Escolas Particulares do DF.


domingo, 12 de junho de 2011

Rodoviários aceitam acordo

Os rodoviários aceitaram a proposta de 8% de aumento salarial, ajuda no plano médico e odontológico e a garantia de manter outras benesses para categoria. Estão de parabéns todos envolvidos por manter a coerência e o Governo do Distrito Federal que manteve pulso firme. A população agradece.
Agora, aqueles õnibus que circulavam ou circulam , os chamados clonados, devem ser tirados de circulação mesmo e os donos das empresas ou quem os deixaram circular têm que receber um processo. Imagine se nós decidíssemos fazer o mesmo, com certeza iríamos ter que responder uns processos. O Código Penal é para todos.
E mais, um cobrador, lá em Santa Maria  falou ao blog sobre a adulteração também das catracas( passam 100 passageiros, elas só registram 50, 60...), mas essa notícia está velha, todos sabem disso, só não punem porque não querem, né.
A população pode contar, também com ônibus mais novos, espero.

É isso aí , governador

Muito bem vinda  a presença do governador e de sua esposa na festa de Pentecostes. Com certeza nunca é tarde para as pessoas pedirem a Deus proteção para sua família e bêncãos para fazer a coisa certa. Vivemos anos de fisiologismo e quem não está ganhando o que sempre ganhou, está atirando sem provas para todo lado. É uma vergonha. todos deveriam se juntar , cada um dando sua contribuição para que nossa cidade entre nos trilhos. Vou repetir as palavras de uma pioneira da Ceilândia, dona Maria do Amparo dos Santos:" Deixem o homem trabalhar, se não ajudam, pelo menos não atrapalhem. Tenho certeza que pelo menos não estão roubando. No início é assim devagar, como em todo governo, vocêm não têm memória? Tem gente que aprontou e devia estar se preparando para prestar contas de seus atos. Este ano muita gente vai ter que se explicar".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bombeiros têm que ganhar mais

Bombeiros do Rio de Janeiro ganham pouco. O governador deveria aumentá-los e não prendê-los.
Está na hora de nós nos indignarmos com esse tipo de atitude. Este não é um problema do Rio de Janeiro, é um problema do Brasil. Vamos mostrar nossa indignação fazendo uma corrente de mensagem para o governador.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ninguém pode reclamar
Os deputados distritais aprovaram dia (07), 15 projetos de lei, de autoria de parlamentares e, praticamente, esgotaram a pauta de votação do dia. Quatro propostas, entre elas a que permite a instalação de postos de gasolina em supermercados (PLC 01/2011), serão votadas na próxima terça-feira (14). O compromisso foi feito em Plenário pelos líderes dos blocos partidários da Câmara Legislativa.

Hoje foi o dia
Os deputados distritais apreciaram dois vetos do Poder Executivo a projetos aprovados na Câmara Legislativa na sessão ordinária de ontem (7). Um deles  é o veto ao PL 1633/2010, de autoria do Executivo, dispõe sobre a composição e competências do Conselho de Saúde do Distrito Federal e dos Conselhos Regionais de Saúde foi derrubado. Haja trabalho!
É mole!
Mulheres foram presas por tráfico de drogas, em Sobradinho II após denúncia anônima. Eram três as perigosas. Agora  vão ver o céu nascer quadrado. Parabéns aos policiais da 35ª DP.
Mais humildade
A bancada da segurança, aliás a maior da Câmara Legislativa está muito afoita, dizem. Querem dar pitaco em tudo. Há gente que pensa que o melhor é deixar os outros trabalharem e não querer, querer...
Pouco pessoal
Condutores com mais de 20 pontos continuam a dirigir sem que o Detran  suspenda suas habilitações. São em torno de 50 mil. Falta pessoal para fazer a análise dos processos e os prazos podem expirar. Concurso já!


Sem chance?
Enterrada a CPI do DFTrans, depois da CPI da Saúde. Falaram na Câmara que já estão bastante adiantadas as investigações sobre as irregularidades no DFTrans. Tomara!
Nome proibido
Não pode ser usado o nome de ração humana para o composto da moda, usado para emagrecer. Ainda segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o consumo das substâncias não faz mal, mas não é suficiente para uma alimentação correta. É  alerta: é preciso procurar  orientação profissional antes de mudar hábitos alimentares.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vila Planalto, terra de irregularidades
A Vila Planalto existe desde 1956, quando as construtoras Rabello e Pacheco Fernandes, que trabalharam na construção da cidade, criaram um acampamento para os operários, perto dos canteiros de obras e nas imediações do Palácio da Alvorada. Após o fim das obras, esse acampamento foi transferido para onde hoje é a Vila Planalto.A Vila foi fixada e tombada pelo Patrimônio Histórico do Distrito Federal , em 21 de Abril de 1988, mas pouco lembra o local de antigamente,com poucas construções originais, mais antigas que a própria Brasília.. No local há lotes de  todos os tamanhos, com casas que ferem o tombamento, áreas invadidas e cercada e transformadas em jardim, pomar. Muitas casas têm três pavimentos, há quitinetes que são alugadas, piscinas, ocupação de becos. Áreas, casas são vendidas sem a mínima preocupação com os setores responsáveis pelo tombamento.
 No Acampamento do DFL ocorrem muitas invasões. O próprio Campo do DFL, lote de preservação rigorosa e atual Clube Unidade de Vizinhança, foi ocupado por casas de aspecto precário, feitas em madeirite, lona e outros materiais perecíveis.
Na ACDFL, Rua 01, Casa 4, flagramos há mais de uma semana o começo de um muro que  invadia uma área verde. Informamos à Agefis e tentamos falar com o morador, porém ele disse que não tinha nada a falar e que não havia muro algum. O muro já está alto e chapiscado e a Agefis informou na tarde de segunda(06) que a obra foi embargada e caso esteja invadindo área pública será demolida.
Segundo o gerente  de Fiscalização de Obras da Agefis, Roberto Alves, a Terracap tem que informar a real situação fundiária de cada lote, área da Vila, o GDF tem que fazer a sua parte, disponibilizando os meios para demolir o que está irregular. “ Nós da Agefis não podemos só ficar emitindo papel e sendo cobrados”, admite.
A assessoria de imprensa da Administração de Brasília informa que está em andamento um estudo sobre a situação da Vila Planalto envolvendo os diversos órgãos como Terracap, Ibram, Agefis.
Para a filha de pioneiro e nascida na Vila, Tiene Rosane Martins de Jesus, os moradores precisam de vários serviços , como um posto de saúde, escola de 2º grau, de limpeza , pois há muitos ratos, principalmente  vindos dos lotes vazios e cheios de mato. “ O parque está quebrado, enferrujado. Estamos elencando todos os problemas da Vila para levar para o governo nos próximos dias”, acrescenta.
Flagrantes  de irregularidades
Vizinho do Palácio do Jaburu e do Palácio da Alvorada, o Parque de Uso Múltiplo Vila Planalto transformou-se numa área invadida sob os olhos dos poderes da República. O parque foi criado em novembro de 2003, com a  finalidade de manter a conservação da vegetação nativa do Cerrado na região delimitada e proporcionar atividades de educação ambiental para a comunidade, além de ficar numa área de segurança. Mas com uma área aproximada de 126,6 hectares, o Parque hoje apresenta uma área loteada irregularmente e vendida por grileiros. Hoje existem 125 casas no local que é chamado de Recanto do Jaburu e conta com água, luz, telefone  e outras modernidades. Segundo alguns moradores , o que está acontecendo no Parque de Uso Múltiplo pela proximidade com o palácio do Jaburu, é como invadir a frente da Casa Rosada, na Argentina ou a Casa Branca, nos EUA.
A História da invasão começou inocentemente ainda nos anos 80, quando algumas pessoas da vila pediram autorização para plantar mandioca, batata, para lembrar  do local onde moravam e da lavoura em que trabalhavam. Na verdade eram quatro moradores que plantavam. Mais tarde com a especulação imobiliária que tomou conta da cidade, outras pessoas começaram  a construir casinhas, logo cercaram e fizeram chácaras, foram ficando e  há doze anos se instalaram nas chamadas chácaras, começaram a parcelar e vender lotes.  “ Hoje dizem que estão lá há 30, 40 anos. É mentira, eles têm casas na Vila e lotes lá. Muitos venderam para funcionários públicos, autoridades. Já fizemos denúncias, mas ninguém ainda tomou uma providência, um joga para o outro, a Administração de Brasília joga para Terracap, que joga para Agefis, para a Sedhuma”, declara Raimundo dos Santos , participante do Fórum de Moradores dos Filhos da Vila Planalto.


Vila Planalto, terra de ninguém
 Tombada Patrimônio Histórico do Distrito Federal , em 21 de Abril de 1988, a Vila Planalto sofre com a especulação imobiliária que vem mudando a vila em todos os aspectos, chegando ao ponto de nada lembrar o local que abrigou os pioneiros que vieram construir Brasília com suas casinhas de madeira. Lá são encontradas casas com vários pavimentos, invasões de área pública com a construção de muros, cercas aumentando terrenos da noite para o dia e diante dos olhos das autoridades. No lugar do Parque de Uso Múltiplo da Vila Planalto, área de segurança, vizinho ao Palácio do Jaburu , há 125 casas que já tem luz e água, que os donos chamam de Chácaras Recanto do Jaburu. Neste local, observa-se flagrante de parcelamento e venda de terrenos. Mas alguns resistem e lutam contra a falta de política de preservação do Patrimônio Histórico.

Deputado Professor Israel



          
 O deputado professor Israel Batista(PDT) é brasiliense, professor e cientista político formado pela UnB. É líder do bloco  PPS, PSB,PDT e faz parte da base do governo. Em entrevista ao DF Notícias falou dos seus principais projetos, das relações com o governo e colegas da Câmara e explica o motivo pelo qual deixou a CPI do Pró-DF.
 Quais são os seus principais projetos para este ano?
Os  projetos estão  nas áreas destinadas à juventude. Apresentei projeto na área da educação, que é o projeto de padronização das escolas públicas do Distrito Federal. Você tem escolas públicas no Plano Piloto muito bem aparelhadas. Elas têm quadra coberta, auditório, sala de computadores, bibliotecas, mas em compensação há cidades que possuem escolas mal equipadas, caindo os pedaços e não abrigam os alunos da maneira que eles devem ser abrigadas. É preciso tratar os professores  com mais respeito, porque ele é um  profissional de nível superior com o menor salário,  chega  a ganhar menos 60% de que outras categorias do GDF de nível superior.
Precisamos dar ao professor um escritório de trabalho digno. Este projeto propõe que toda escola deve ter quadra coberta, auditório, sala de computação com acesso à internet e uma biblioteca. É inacreditável que uma escola não tenha uma biblioteca. Os alunos devem receber um grande incentivo à leitura. Depois vem a reclamação que o jovem pesquisa na internet, mas eles não têm acesso à biblioteca. Portanto é importante padronizar as escolas públicas.
Como foi o seu discurso no Plenário da Câmara semana passada sobre o fechamento das bibliotecas às 19h.
Reclamei em Plenário que é um desrespeito fechar as bibliotecas às 19h. Esse horário é o horário que o trabalhador pode estudar para um concurso  ou simplesmente lê. E me causou espanto  o fato das bibliotecas fecharem às 19h por falta de policiamento. A desculpa é  a falta de policiamento, mas é interessante que policiais para multar nós temos sempre a qualquer hora.
Podemos falar de outros projetos?
Continuando, tenho uma indicação ao Poder Executivo. Entendendo que o custo de vida em Brasília é o maior do que os demais estados brasileiros, peço que  estabeleça em Brasília, o salário mínimo regional de R$ 745. É preciso que o DF esteja preparado para tratar o seu trabalhador de acordo com suas particularidades. Esse piso já acontece no Paraná e São Paulo. No Paraná, o piso é maior do que proponho , é mais de R$ 800,00. Para o Distrito Federal, R$ 745 é um valor plausível que poderá ser implantado a médio prazo. O poder público tem que tomar providências urgentes para garantir o poder de compra do trabalhador, isso gira economia.
Também fiz uma proposta que eu acho importante que é a proposta que acaba com o 14º e 15º salários. O trabalhador recebe 13 salários por ano e o deputado também. Já abri a mão dos dois salários e apresentei o projeto.
 Tenho um outro projeto que considero fundamental. A faixa de desemprego  até os 29 anos é muito grande, por isso fiz uma indicação ao Executivo para criar o  incentiva ao jovem até essa idade se ele criar  uma empresa. Essa empresa ao se instalar poderá ter isenção de ISS e ICMS durante três anos.  Já está provado que  a maior fonte de geração de emprego no Brasil é a pequena e média empresa, por isso o retorno de emprego desses empreendedores jovens será bem maior e a geração de emprego compensará essa isenção fiscal.
O senhor é da base do governo e deixou a CPI do Pró-DF?
 O governo também ficou muito desconfortável com essa posição da CPI.
O que aconteceu?
 Antes de  sair a licença médica , o acordo que havia era que a base do governo permitiria que a deputada Eliana Pedrosa fosse a presidente da CPI do Pró-DF e que o deputado Chico Leite, primeiro subscritor da proposta da CPI, conforme tradição da Casa e de todos os legislativos do País, fosse o relator. E para minha surpresa, no dia que cheguei de licença e que fui negociar a composição da CPI, estava já acordado que o deputado Aylton Gomes seria o relator. Conversei com Chico Leite e ele me disse que a deputada Eliana não tinha aceitado aquele acordo e que ela tinha feito acordo com o deputado Olair para que Aylton Gomes fosse o relator. Não consegui entender porque quebrar uma tradição. A primeira vez que essa tradição foi quebrada, envolveu os mesmos personagens, na CPI dos Cemitérios. Ninguém me explicou porque foi quebrada a tradição de um deputado que foi subscritor da CPI ser o relator, por isso resolvi me afastar. Faço votos para que a deputada Eliana e o deputado Aylton conduzam a CPI com toda probidade.
Seis meses do Governo desta legislatura e as relações Câmara Governo continuam difíceis?
Venho sabendo de muito descontentamento, mas creio que o governo fará os ajustes necessários. Eu tenho tido excelentes relações com o governo.  Há necessidade de um gestual mais explícito por parte dos deputados. É preciso que os deputados se comportem como base. Nós vimos desde o primeiro dia com alguns deputados se comportaram e isso causa uma reação no governo. A comunicação precisa melhorar dos dois lados.
A população diz que a coisa anda devagar tanto na Câmara, quanto no governo. O senhor já notou isso?
Eu estou com seis projetos e já consegui que votassem um, ontem . Votamos quinze projetos de deputados e vetos do Governo. Semana passada, esvaziamos a pauta que estava trancada por causa dos projetos do governo. Como cientista político avalio que o Legislativo é mais lento, pois é o lugar do debate.
E o Poder Executivo?
O Poder Executivo está lento porque você não desfaz essas estruturas muito antigas de uma hora para outra.Lembro quando o presidente lula ganhou, levou dois anos para o governo engrenar. Espero que o governo Agnelo não leve tudo isso, mas trata-se de uma mudança política muito importante. É difícil acabar com décadas de fisiologismo, de acabar com formas de fazer o que já está consolidado que o governo atual não concorda. Desfazer estruturas muito enraizadas prejudica o andamento do governo.
Considerações finais.
O meu objetivo é mostrar uma nova geração que entra na vida pública, pessoas desapegadas de certas práticas, jovens que acreditam que podem mudar alguma coisa , principalmente tenham bandeira de vanguarda, como meio ambiente, educação. Sinto-me honrado em representar  uma nova geração que entra na vida pública com compromissos diferentes.