terça-feira, 30 de julho de 2013

UnB sugere mudanças no Programa Mais Médicos


Professores, servidores e estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília reuniram-se nos últimos dias para discutir o impacto da Medida Provisória 621/2013 na academia e na sociedade. O ato presidencial institui o Programa Mais Médicos e estabelece mudanças na grade curricular dos cursos de Medicina de todo o país, além de alterar as regras para o exercício da profissão, permitindo que médicos estrangeiros possam atuar em território brasileiro sem a necessidade de revalidar seus diplomas. “Tínhamos nos posicionado favoráveis à vinda de médicos estrangeiros desde que eles realizem alguma avaliação para atuarem no Brasil, mas o programa [Mais Médicos] foi sendo remodelado”, diz o estudante Danilo Aquino Amorim, do 6º semestre de Medicina da UnB e coordenador do Centro Acadêmico do curso (CAMED).
Após extensos debates, a comunidade universitária elaborou um documento que sugere o aperfeiçoamento de dez pontos da Medida Provisória que estabelece o Programa Mais Médicos. “A gente não negou a medida, mas enumerou uma série de deficiências identificadas na proposta do governo”, explica Danilo. Um dos pontos foi o aumento do tempo de duração do curso de Medicina, que passaria de seis para oito anos, sendo os últimos dois voltados para o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). “Somos contrários ao aumento do curso. As atuais diretrizes curriculares já determinam a formação dos estudantes nos três níveis de assistência do SUS”, diz o diretor da Faculdade de Medicina da UnB, Paulo César de Jesus.
Outro aspecto controverso da medida foi a contratação de médicos para regiões carentes e do interior do país. “Apoiamos a contratação de médicos para as áreas prioritárias do SUS, mas somos contrários à remuneração por bolsa, por considerarmos uma forma de precarização do trabalho médico. Bolsa não tem nenhum amparo trabalhista”, considera o diretor da FM. “Defendemos a abertura de concurso público para admissão desses profissionais”, completa Paulo César.
A Universidade de Brasília defende ainda que se criem instrumentos para captar e manter os docentes nas universidades públicas. “Um professor adjunto ganha R$ 7 mil e estão pagando R$ 10 mil [para os médicos que aderirem ao Programa do governo]. Para ser docente tem que fazer seis anos de curso, dois a quatro de residência, dois de Mestrado e dois de Doutorado. Precisamos valorizar a docência, senão não vamos conseguir manter os professores”, argumenta Paulo César.
Os participantes avaliaram que o saldo das discussões sobre a Medida Provisória foi positivo. “A opinião dos estudantes é que foi uma discussão muito democrática, com posicionamentos muito diferentes, mas a gente conseguiu chegar a uma posição”, diz o representante do CAMED. “Ficamos em reunião por três horas na quarta-feira [17] e na última [assembléia realizada dia 24] foram cinco horas. Fora as reuniões nos departamentos e as realizadas pelos estudantes no centro acadêmico”, conta o diretor da Faculdade de Medicina.  
O professor Paulo César também afirmou que a UnB é favorável à pré-adesão ao programa, nos termos da Portaria 14, de julho de 2013, do Ministério da Educação. “Embora tenhamos esses pontos de discordância, a gente fez uma pré-adesão especialmente com o objetivo que a faculdade tenha uma participação proativa”, explica Paulo César. “Podemos trabalhar juntos e, participando do programa, conseguir maior avanço e melhoria da saúde da população”, completou o coordenador do CAMED.
O documento elaborado na Faculdade de Medicina da UnB com as sugestões de alteração ao texto final da Medida Provisória 621/2013 foi entregue na última sexta-feira (26) ao reitor Ivan Camargo, que deve encaminhá-lo ao Ministério da Educação e da Saúde, à Comissão de Especialistas em Ensino Médico do Ministério da Educação e à Comissão de Diretores e Coordenadores de Cursos de Graduação em Medicina formada para discutir a Medida Provisória. 

Agência UnB 

Até 2014, Brasil deve ter 60 mil escolas públicas com aulas em período integral

Mais de 49,3 mil escolas públicas em todo o país têm atividades em período integral. A expectativa é que até o ano que vem sejam 60 mil. No turno complementar, além de acompanhamento pedagógico obrigatório com aulas de reforço escolar em matemática, português, ciências e uma língua estrangeira, os alunos podem praticar esportes e participar de atividades culturais, que ajudam a melhorar a disciplina e a concentração.
“Nossa prioridade tem sido as escolas onde estão as crianças mais pobres, que são aquelas que recebem o Bolsa Família”, disse hoje (29) Dilma Rousseff, durante o programa Café com a Presidenta.
Segundo ela, a educação em dois turnos é importante para o aluno, para a família do aluno e para todo o país, pois o modelo ajuda no aprendizado de crianças e adolescentes. “Nenhum país do mundo chegou a se transformar em uma nação desenvolvida sem que as crianças tenham dois turnos na escola, nos colégios”, ressaltou.
Estudantes de 19,7 mil escolas rurais também participam do programa de ensino em dois turnos. Nessas escolas, além das atividades oferecidas nas demais escolas, os alunos ainda têm aulas ligadas à realidade do campo e da agricultura.

Só este ano, o governo federal já investiu R$ 1,8 bilhão no programa de educação integral. A maior parte dos recursos é repassada diretamente para a escola contratar monitores e professores, comprar material e preparar os espaços para receber as crianças nas atividades do chamado contraturno. O Ministério da Educação também repassa às prefeituras recursos para garantir alimentação de quem fica o dia todo na escola.

Agência Brasil

Ministério do Planejamento exonera servidores suspeitos de envolvimento em fraude milionária

A superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Lúcia Helena de Carvalho, e o funcionário da Divisão de Identificação e Fiscalização do órgão, João Macedo Prado foram exonerados dos cargos. As portarias do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, órgão ao qual a SPU é subordinada, foram publicadas na edição desta terça-feira (30) do Diário Oficial da União.
A decisão foi tomada ontem (29) depois que o relatório do inquérito policial sobre a Operação Perímetro chegou ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Nele, a dupla é acusada de fraudar documentos para repassar uma área do governo federal para mãos privadas. O prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões.
Durante a Operação Perímetro realizada pela Polícia Federal, em 2012, foi constatado que servidores públicos federais emitiram relatório de demarcação fraudulento de uma área denominada “Cana do Reino na Fazenda Brejo ou Torto”, no Setor Habitacional Vicente Pires, no Distrito Federal prejudicando os interesses da União. O terreno citado tem valor estimado de R$ 380 milhões.

Além de pedir o afastamento da superintendente, a Polícia Federal indiciou Lúcia Carvalho por cinco crimes, dentre os quais formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude processual. Outras cinco pessoas, entre elas dois funcionários da SPU, também foram indiciadas por participar do esquema.

Agência Brasil

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Conclusão de rede de esgoto em Vicente Pires depende da população

 A previsão da Caesb é concluir as obras da rede de esgoto em Vicente Pires até março do próximo ano, mas a falta de cooperação de alguns moradores tem impedido os técnicos de instalarem as tubulações em 70 lotes e três chácaras, áreas essenciais para a conclusão do empreendimento, que já está 70% pronto.

"A Caesb está pronta para dar sequência às obras de esgotamento sanitário de Vicente Pires, mas, infelizmente, está sendo impedida por dezenas de moradores que não autorizam a passagem de redes e tubulações de esgoto essenciais para a conclusão da obra", destacou hoje o presidente do órgão, Célio Biavati Filho.

Ainda de acordo com Biavati, os responsáveis pelas casas alegam vários motivos para impedirem a entrada dos funcionários, entre eles o descontentamento com a instalação da rede em seu lote ou a exigência de compensação financeira para a colocação de tubos no terreno.

Os locais de instalação de canos e tubos foram determinados por estudos técnicos, que respeitam regras próprias de uso de materiais e de direção da tubulação.

Essa falta de cooperação dos moradores pode gerar atrasos no calendário e, segundo a companhia, impedir que Vicente Pires consiga de forma definitiva o título de cidade regularizada, como determinam as regras do Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal.

A Caesb emitiu avisos aos consumidores desde o início do ano e fará novas notificações até o fim desta semana. De qualquer forma, o órgão encaminhará um pedido à Procuradoria Geral do DF para que o caso seja levado ao conhecimento da Justiça.

"É importante ressaltar que o sucesso dessa obra depende de todos e que a Caesb tomou as providências necessárias para encontrar uma solução amigável, o que não logrou êxito. A partir de agora, só restará ao GDF tomar as medidas judiciais cabíveis", reiterou o presidente da Caesb.

USO INDEVIDO – Com apenas 70% das obras concluídas, a rede de esgoto ainda não está ativa e, portanto, não pode ser utilizada.

Mesmo assim, alguns moradores têm feito ligações indevidas, o que tem resultado em trasbordamento de resíduos pelas ruas da cidade, o que coloca em risco a saúde da própria população.

A Caesb destaca que considerará os atos como ligações clandestinas e que os responsáveis podem ser multados em até R$78.750.

Dúvidas ou outras informações podem ser obtidas pelo telefone 115.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Manifestações pedem que CLDF apure condenações de deputados distritais

Manifestantes querem que CLDF apure o mais breve possível casos de deputados distritais que foram condenados pelo TJDF.  Apesar dos deputados estarem de recesso desde do dia 1º , circula a informação que  haverá reunião na Câmara para tratar do assunto, quinta-feira.

Deputado Distrital é condenado por improbidade administrativa

O Juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF condenou por improbidade administrativa o deputado distrital Benedito Augusto Domingos, que terá que devolver mais de 30 milhões aos cofres públicos, devido ao envolvimento no esquema ilícito de recebimento de propina, chamado de “Caixa de Pandora”, denunciado pelo MPDFT.
Sem prejuízo das demais ponderações a serem feitas na órbita criminal, o julgador condenou o réu  a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, equivalente ao montante de R$ 6.979.668,00 correspondente ao recebimento de R$ 30.000,00 mensais durante o período de janeiro de 2009 a novembro de 2009 e R$ 6.000.000,00 em razão do apoio político prestado a candidato ao governo do Distrito Federal, com a devida atualização monetária no período de recebimento, mês a mês, com o acréscimo de juros de mora a partir da citação do réu.
Condenou o reú ainda, ao pagamento de multa equivalente a três vezes o valor do acréscimo patrimonial ilícito obtido, no total de R$ 20.939.004,00, com juros e correção monetária a partir do trânsito em julgado da presente e ao pagamento de danos morais, no montante de R$ 900.000,00, a ser depositado em um fundo criado especialmente para esse fim, no âmbito do Distrito Federal, consoante futura indicação a ser feita pelo MPDFT.
O deputado teve também suspensos os direitos políticos por 10 anos, e, por conseguinte, foi proibido de ocupar cargo público pelo mesmo período; proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia, pelo prazo de dez anos.

Fonte TJDF

Vai sair de férias? Garanta a segurança de sua casa antes de viajar

O mês de julho é sinônimo de descanso e tempo de viajar para a maior parte dos brasilienses. Mas, as tão sonhadas férias podem virar pesadelo para quem não tomar os cuidados necessários de segurança da casa ou do apartamento. Algumas famílias instalam câmeras de segurança, outras optam pela contratação de pessoas para ficar em casa ou de um serviço especializado de segurança.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal apontam que os furtos a residências lideram as estatísticas da criminalidade da cidade. De janeiro a maio de 2013, foram registradas mais de 3,5 mil ocorrências, um aumento de 25% se comparado ao mesmo período do ano passado. Por causa disso, a procura por vigilantes e seguranças em empresas especializadas tem aumentado. No primeiro semestre deste ano, já foram contratados 50 profissionais.
Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (Sindesp-DF), Irenaldo Pereira Lima, os furtos nos períodos de férias são mais frequentes porque os ladrões têm facilidade de acesso, uma vez que todo mundo viajou. “Ações preventivas são a melhor solução para não ter dor de cabeça depois. Vale a pena apostar em segurança especializada e também em recursos tecnológicos como câmeras e alarmes. Se o imóvel é bem vigiado, os bandidos provavelmente vão atrás de um que esteja desprotegido”, alerta Irenaldo.
A funcionária pública, Dalva Pires, 45 anos, moradora do Park Way optou por instalar câmeras de segurança em toda casa. São 16 ao todo. “Eu sou muito cautelosa com o cuidado da minha casa. Não vacilo mesmo. Além de investir no sistema de segurança, deixo alguém vindo à minha casa recolher lixos, jornais e fazer movimentação na casa. Não esperarei ser roubada para tomar iniciativas de segurança”, diz.

Confira dicas para tornar sua casa mais segura:
 - Não divulgue a sua viagem. A informação pode chegar aos ouvidos de pessoas mal intencionadas.
- Tenha bom relacionamento com os vizinhos. Peça para um deles ficar de olho na residência, entrar lá e mudar a posição das cortinas e recolher a correspondência.
- Programe o telefone fixo para transferir as ligações para o seu celular. Assim, se alguém ligar para ver se a casa está vazia,
- Suspenda as correspondências
- Coloque correntes grossas e um cadeado bem resistente no portão.
- Instale câmeras de segurança. Elas podem inibir a entrada de ladrões. Muitas vezes, basta um adesivo informado que a casa está ligada a uma central de alarme evitar furtos.
- Invista em segurança privada. Um vigia, rondas e alarmes monitorados podem espantar os bandidos.

41% dos estudantes consomem mais doces do que alimentos saudáveis

 Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/IBGE) mostra que 41% dos estudantes do país consomem mais doces, balas e chocolate do que alimentos saudáveis. A PeNSE considerou 100 mil estudantes de 13 a 15 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental de 2.842 escolas e constatou que boa parte desse grupo não se alimentam bem.
 A preocupação com a saúde e a alimentação dos jovens tem incentivado o produtor orgânico e deputado distrital Joe Valle (PSB) a encabeçar campanhas em defesa da alimentação saudável nas redes sociais e na Câmara Legislativa do DF.
 Na semana passada, o deputado conseguiu a aprovação de um projeto de lei que estabelece diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas. Além disso, também foi aprovado o projeto de lei que obriga a publicação periódica do cardápio da merenda escolar em todas as unidades escolares da rede pública de ensino do DF. Os projetos seguem para a sanção do governador.

Alunos de Odontologia da UnB estão em 'estado de alerta'

    Os alunos do curso de Odontologia da UnB, em  reunião realizada ontem no auditório da Faculdade de Saúde, resolveram voltar as suas atividades clínicas e teóricas, após oito dias de paralisação. Também decidiram permanecer em 'estado de alerta' enquanto todas as reivindicações não forem atendidas.
    Para a vice-presidente do Centro Acadêmico de Odontologia, Jéssica Cristina Campos, os alunos paralisaram suas atividades, porque não tinham as mínimas condições para atender os pacientes no Hospital Universitário de Brasília e fazer as práticas nos laboratórios. " Nas  reuniões realizadas com a direção da Faculdade de Saúde e com a vice-reitora, Sonia Baó, foi firmado compromisso para disponibilizar de imediato alguns materiais, o conserto de equipamentos, abertura de licitação para  reformas na faculdade e laboratórios. Só buscamos condições favoráveis  para executar nossas tarefas como estudantes e dar tratamento digno para nossos pacientes", justifica Jéssica.
    Segundo Leonardo Nogueira , aluno do sexto semestre, os professores são ótimos, buscam se atualizar, porém  faltam-lhes condições de trabalho. " A infraestrutura que existe  só tem condições para atender 15 e cada turma tem 30 alunos", critica Leonardo.
    Igor Morais , aluno do 7º semestre e presidente  do Centro Acadêmico da Odontologia, está confiante com as negociações e espera que o pleito dos alunos seja atendido na plenitude o mais breve possível. " Não podemos ter um curso deficiente. Isso compromete  a formação dos alunos", reforça Igor.
    Atendendo as reivindicações - A vice-reitora da UnB, professora Sonia Baó, afirma que recebeu os alunos  várias vezes,  e no que compete  à universidade, está  buscando agilizar soluções para a compra de material, reposição de peças e abrirá licitação para reformas necessárias na  faculdade. " Pedimos a cada setor envolvido nas demandas dos alunos que observem e planejem. Cada um tem que fazer sua parte", enfatiza a vice-reitora.