quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Professores da rede particular do DF fazem ato por julgamento de dissídio

 
Um grupo de professores da rede de ensino particular do Distrito Federal se reuniu na tarde desta quarta-feira (15) em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Setor de Autarquias Sul, para pedir o julgamento de um dissídio coletivo ajuizado no ano passado que pede o reajuste do piso salarial da categoria. 
De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Professores de Escolas Particulares (Sinproep- DF), Trajano Jardim, o piso salarial pago a professores do ensino infantil e fundamental é de R$ 6,78 a hora-aula, e para o ensino médio, R$ 12. “Existem escolas que pagam o salário muito maior, mas cerca de 200 das 450 escolas particulares do DF pagam o piso por hora-aula, que dá R$ 740 por mês, bruto, por 20 horas semanais”, diz Trajano. 
De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinproep DF), o piso salarial de um professor da rede pública é de R$ 2,4 mil para 20 horas semanais e de R$ 4,8 mil para 40. 
“O reajuste pedido é o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] do ano passado, mais um aumento real de salário na base de 5% e um abono salarial de 10%. O piso é muito menor do que o da rede pública”, declarou o diretor de imprensa do sindicato.
O TRT informou que a ação de dissídio coletivo foi ajuizada em outubro de 2013 e, desde então, o processo caminhou normalmente e percorreu todos os trâmites necessários. De acordo com o tribunal, uma das partes no processo não entregou as planilhas de custo das escolas, documento necessário para analisar a possibilidade de aumento salarial dos professores, e por isso o julgamento da ação não foi concluído.
Pouco antes das 16h, o grupo foi recebido pelo presidente do TRT, André Damasceno, que afirmou que tentaria marcar uma sessão extraordinária para a próxima quinta-feira (23) para analisar o caso. Caso não seja possível, o julgamento vai ocorrer em data previamente marcada, no dia 4 de novembro.
“Estamos fazendo um apelo para que o tribunal faça uma sessão extraordinária para julgar o dissídio”, disse Trajano. “Os professores de escolas particulares do ensino básico estão sem aumento todo esse tempo. Queremos entregar o documento para mostrar a situação de angústia em que está a categoria. Já estamos com outra data-base para ser discutida e os empregadores não querem discutir enquanto não resolver isso aqui.
 

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