Um grupo
de professores da rede de ensino particular do Distrito Federal se reuniu
na tarde desta quarta-feira (15) em frente ao Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), no Setor de Autarquias Sul, para pedir o julgamento de um dissídio
coletivo ajuizado no ano passado que pede o reajuste do piso salarial da
categoria.
De acordo
com o diretor de comunicação do Sindicato dos Professores de Escolas
Particulares (Sinproep- DF), Trajano Jardim, o piso salarial pago a professores do
ensino infantil e fundamental é de R$ 6,78 a hora-aula, e para o ensino médio,
R$ 12. “Existem escolas que pagam o salário muito maior, mas cerca de 200 das
450 escolas particulares do DF pagam o piso por hora-aula, que dá R$ 740 por
mês, bruto, por 20 horas semanais”, diz Trajano.
De acordo
com o Sindicato dos Professores (Sinproep DF), o piso salarial de um professor da
rede pública é de R$ 2,4 mil para 20 horas semanais e de R$ 4,8 mil para
40.
“O
reajuste pedido é o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] do ano
passado, mais um aumento real de salário na base de 5% e um abono salarial de
10%. O piso é muito menor do que o da rede pública”, declarou o diretor de
imprensa do sindicato.
O TRT
informou que a ação de dissídio coletivo foi ajuizada em outubro de 2013 e,
desde então, o processo caminhou normalmente e percorreu todos os trâmites
necessários. De acordo com o tribunal, uma das partes no processo não entregou
as planilhas de custo das escolas, documento necessário para analisar a
possibilidade de aumento salarial dos professores, e por isso o julgamento da
ação não foi concluído.
Pouco
antes das 16h, o grupo foi recebido pelo presidente do TRT, André Damasceno,
que afirmou que tentaria marcar uma sessão extraordinária para a próxima
quinta-feira (23) para analisar o caso. Caso não seja possível, o julgamento
vai ocorrer em data previamente marcada, no dia 4 de novembro.
“Estamos
fazendo um apelo para que o tribunal faça uma sessão extraordinária para julgar
o dissídio”, disse Trajano. “Os professores de escolas particulares do ensino
básico estão sem aumento todo esse tempo. Queremos entregar o documento para
mostrar a situação de angústia em que está a categoria. Já estamos com outra
data-base para ser discutida e os empregadores não querem discutir enquanto não
resolver isso aqui.
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