quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Preso corretor de imóveis que oferecia lotes em área pública do Gama



Um corretor de imóveis foi flagrado após oferecer cinco lotes na Ponte Alta Norte, no Gama, nesta quarta-feira (2). A área é irregular e pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). O lucro com a venda seria em torno de R$ 400 mil reais.
“Só conseguimos chegar ao grileiro depois que denúncias foram registradas na ouvidoria da Seops. Por isso, pedimos à população que denuncie os casos de parcelamento e venda de terrenos no telefone 162”, diz o subsecretário da Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops), Raimundo Nonato Cavalcante.
A operação contou com agentes da Seops e da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), que conduziu o flagrante.
A equipe chegou ao local por volta das 11h, pouco depois que Y. S. havia oferecido os lotes - cada um com tamanho de 800 metros quadrados - a possíveis compradores com o pretexto de que a área seria regularizada.
Os agentes encontraram dentro do carro do acusado documentos que comprovam o comércio ilegal de lotes.
Um deles seria a autorização de venda repassada ao corretor pela mulher que se diz proprietária do terreno, a senhora R. S. M., conforme escrito no documento. No entanto, a Terracap possui informações que comprovam a posse pública.
Além de a área ser pública, do GDF, existe uma ação civil pública em vigor na Ponte Alta Norte que condiciona o surgimento de construções ou parcelamentos de lotes à análise da Justiça.
A área do flagrante é conhecida como Chácara 19, Condomínio Mansões Parque Uai, e tem aproximadamente 20 mil metros quadrados.
O grileiro havia parcelado o terreno em quatro partes de cinco mil metros quadrados, cada. Uma dessas frações foi subdividida nos cinco lotes que seriam vendidos hoje com preços entre R$ 60 e 80 mil.
O levantamento de informações da Seops durou pelo menos duas semanas após o recebimento da denúncia na ouvidoria.

PENALIDADE – O acusado foi conduzido à Dema, no Departamento de Polícia Especializada, onde prestou depoimento e acabou preso em flagrante por parcelamento irregular do solo.
O crime prevê pena de um a cinco anos de prisão, além de multa que varia entre 10 a 100 salários mínimos.
A Dema ainda abrirá inquérito para investigar a mulher que repassou a autorização de venda ao corretor.
Além disso, a Seops comunicará oficialmente o Creci-DF sobre a conduta do corretor de imóveis para possíveis penalidades, já existe uma recomendação na entidade para que não ocorra a venda de casas ou lotes em áreas irregulares.

ESTATÍSTICAS – De janeiro a outubro deste ano 30 grileiros foram presos em ações da Seops e da Dema. É quase o total de prisões realizadas em todo o ano passado, quando foram contabilizadas 31 prisões.

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