Os servidores do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público da União
(MPU) entraram em greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores procuraram
representantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Presidência da República
para negociar um reajuste de salário, com base na reposição inflacionária.
No Supremo, além de fazerem uma manifestação em frente à Corte,
representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do
Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus) reuniram-se com o
diretor-geral do STF, Amarildo Vieira de Oliveira. Eles pediram que a proposta
de aumento seja encaminhada pelo Supremo à Presidência até o dia 15 para compor
o Orçamento da União para 2015.
De acordo com Fagner Azeredo, coordenador do Sindicado dos Trabalhadores do
Judiciário Federal do Rio Grande do Sul, os servidores vêm sofrendo uma
defasagem em relação à inflação nos últimos oito anos que já ultrapassa 41%.
“Nos últimos anos, 2010, 2011 e 2012, o Poder Executivo cortou o orçamento do
Judiciário justamente na parte que toca o reajuste dos servidores do Judiciário
Federal”.
Azeredo informou que os servidores de Brasília já entraram em greve nessa
quarta-feira (6), mas a paralisação nacional do Judiciário Federal está marcada
para o dia 14. “Se não tiver negociação salarial, não vai ter eleição. A Justiça
Eleitoral vai parar junto conosco, vai estar nesta briga para conseguir uma
valorização salarial para todos os servidores do judiciário”, ameaçou.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do
Ministério Público, 19 sindicatos confirmaram presença no ato.
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