quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Serviço comunitário de quadra é ilegal

‘Para uns, anjos, para poucos ilegais e perigosos’, assim são denominados os motoqueiros que atuam no serviço comunitário de quadras e que percorrem  quadras das cidades  do Distrito Federal com seus apitos . Eles cobram em média R$ 15 e pagam na associação R$ 20 por mês para trabalharem de 23h às 5h30 de segunda à sábado.
O trabalho do serviço comunitário de quadra oferece os seguintes serviços: acompanhar a chegada e a saída de moradores  as suas residências; efetuar a compra e o transporte de medicamentos e alimentos emergenciais, verificar o fechamento dos portões dos imóveis; verificar anormalidades nos veículos automotores; comunicar à polícia sobre a presença de pessoas estranhas ou em atitudes suspeitas.
 Ainda  ressaltam no papel que entregam de porta em porta, que o trabalho está em conformidade com lei distrital nº 2763/2001 aprovada pela Câmara Legislativa. Esta lei foi considerada inconstitucional , mas segunda informações adquiridas na Associação dos Motoboys de Quadras de Brasília( Asmob), a lei que os rege é a de nº 4.385/2009 e precisa de regulamentação e que os motoboys apresentam nada consta policial para se associarem. Segundo pesquisa da nossa redação esta lei não está em vigor.
Pessoas que utilizam o serviço acreditam piamente que estão se protegendo ou protegendo sua casa e sua família. Maria Aparecida dos Santos, moradora de Taguatinga Norte que contrata o trabalho do Serviço Comunitário de Quadra,  afirma que é contribuinte há muitos anos. “ Contribuo mais de oito anos e estou satisfeita com os serviços prestados. É ilegal? Porém quando precisei da polícia ninguém veio aqui. Cadê a segurança do Estado”, protesta.

Helenita Rodrigues, enfermeira e moradora do Guará, acredita que hoje  o Serviço Comunitário é um paliativo diante da insegurança .” Sei que é perigoso, pois não conhecemos quem nos presta o serviço e nem quem os contrata, mas  até agora não aconteceu nada e já quebraram muito galho aqui em casa, ao comprar remédios de madrugada”, explica.

 Jervalino Bispo,do Sindicato dos Vigilantes no Distrito Federal, enfatiza que no Distrito Federal esses motoboys atuam nas cidades mais pobres as mais nobres.” É um serviço ilegal. Não é seguro. O morador que contrata esse serviço não sabe quem é esta pessoa, qual a história dele. Se é bandido. São falsas associações que exploram esses serviços”, reitera.

No papel distribuído pela  Associação dos Motoboys de Quadras do DF há um lembrete que  assinala que o serviço é autônomo sem qualquer vínculo empregatício.
As autoridades de segurança pública  não reconhecem e nem indicam nenhum morador a contratar os motoboys, orientando que deve ser denunciado à polícia  o trabalho , principalmente se alguém for coagido a pagar para ter o serviço.

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