O presidente do Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Michel Platini, esteve hoje (20) no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Acompanhado de representantes do Conselho Nacional de Justiça (Cnj), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública, da Câmara Legislativa (Cl) e da Vigilância Sanitária, Platini fez uma inspeção para verificar as condições de atendimento aos presos e de trabalho dos agentes penitenciários.
Ele disse que a visita de hoje, a terceira feita até agora, teve o objetivo de conversar com os carcereiros. Ele ouvi reclamações dos agentes penitenciários que reivindicam equiparação salarial com os agentes da Polícia Civil. Além de reclamações sobre as condições do presídio, alojamento e da alimentação, protestos semelhantes aos dos internos. “A única diferença entre os presos e os agentes penitenciários é a liberdade”, disse.
As inspeções à Papuda começaram no ultimo sábado (14), após Platini receber de parentes dos presos denúncias de violência e maus-tratos aos detentos. O presidente do conselho disse, na ocasião, que foram encontradas manchas de sangue nas paredes das celas da Ala 2 do presídio, além de marcas e machucados em alguns internos. Nove detentos, com hematomas evidentes, foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) para exame de corpo de delito. Após as denúncia cinco agentes foram afastados do contato direto com os presos.
Novas inspeções ao Complexo Penitenciário da Papuda devem ocorrer na próxima semana. Platini prepara um relatório conjunto com os representantes, da OAB, CNJ e Câmara Legislativa para ser entregue à Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
Agência Brasil
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