sábado, 13 de agosto de 2011

Em defesa das mulheres do campo



A Sessão Solene que lançou a Marcha das Margaridas, proposta pela deputada distrital Rejane Pitanga, foi marcada pelas lembranças da trajetória sindical de Margarida Maria Alves, brutalmente assassinada pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983. Há 28 anos, Margarida lutava contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária.

A distrital afirmou que a Marcha das Margaridas reforça o importante papel das mulheres como protagonistas de um novo tempo, especialmente no momento em que pela primeira vez na história do país elegeu-se a primeira mulher para presidência da República. “A homenagem significa o reconhecimento à todas as mulheres do campo e da floresta que cotidianamente travam a luta em defesa da igualdade de oportunidades, da agricultura familiar, do acesso à terra, da reforma agrária, da produção sustentável, do meio ambiente, e a verdadeira luta pela vida”, disse.

Visibilidade Política

A Marcha foi lançada em agosto de 2000 e tem como objetivo principal inserir a mulher no processo de discussão na construção de políticas públicas e na luta pela igualdade de gênero.

“É considerada a maior expressão de organização que ultrapassou as fronteiras do campo e chegou a cidade. É um processo de construção baseado na luta pela independência das mulheres ”, disse a secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores, Maria da Graça de Sousa ao referir-se à Marcha.

A secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura Carmem Helena Ferreira, avaliou que a chegada das mulheres do meio rural em Brasília para a Marcha das Margaridas, significa a busca pela autonomia política e o anseio por melhores condições de vida.


Este ano, são esperadas cerca de 100 mil mulheres que marcharão a favor do desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. A pauta de 2011 tem como principais eixos: a biodiversidade e democratização dos recursos naturais; terra, água e agroecologia; soberania e segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho, emprego e renda; saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, sexualidade e violência; democracia, poder e participação política.

Nenhum comentário:

Postar um comentário