segunda-feira, 11 de março de 2013

Sequestro relâmpago


 Depois de registrados 47 casos de sequestro relâmpago em apenas 24 dias, o Distrito Federal tem se destacado nacionalmente pela prática do crime. De acordo com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (Sindesp/DF), a população procura cada vez mais recursos das empresas privadas de segurança.
Para o presidente do Sindesp/DF, Irenaldo Lima, a ocasião faz o roubo. “Geralmente, as pessoas têm uma ideia distorcida de que os bandidos só agem no período da noite. A prova disso são os registros por horário que indicam dezenas de ocorrências no período entre 12h e 15h’’, sinaliza o presidente.
A prática vem se tornando freqüente na cidade e as vítimas, antes escolhidas de acordo com suas condições econômicas, hoje não têm perfil definido. Qualquer pessoa é alvo em potencial. Na última terça-feira (26), uma mulher de 61 anos foi abordada quando saía de uma igreja em Ceilândia, por exemplo. Irenaldo relata, ainda, que os criminosos, muitas vezes, estudam as pessoas e observam bem os pontos onde há pouca movimentação. “Costumam agir quando percebem que a possível vítima está distraída, seja em um sinal de trânsito ou na saída de uma faculdade”, diz.
Para o presidente, as informações são alarmantes, principalmente, pela dificuldade que há em combater essa prática. Outra dica útil, segundo Irenaldo, é fazer um contato em casa para comunicar que está saindo do trabalho, de uma festa, entre outros lugares, e se dirigindo para a residência. “Caso a pessoa demore a chegar e não atenda ao telefone, é possível fazer contato com as autoridades policiais”, sugere o empresário.
Com atuação exclusiva em áreas privadas – shoppings, instituições de ensino, igrejas, bancos e residências (prédio e casa) – as empresas de segurança devem ser cadastradas na Polícia Federal e estarem devidamente preparadas para eventuais incidentes. “Podemos estar ao lado de um sequestrador e nem desconfiar. Práticos, infiltram-se em nosso meio até descobrir a hora certa para o ataque. Na rua, as pessoas precisam redobrar a atenção e não parar o carro em qualquer esquina. Porém, a tática da ameaça silenciosa é comum e precisa ser observada pelos profissionais’’, alerta o presidente do Sindesp/DF.

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