quarta-feira, 8 de junho de 2011

Deputado Professor Israel



          
 O deputado professor Israel Batista(PDT) é brasiliense, professor e cientista político formado pela UnB. É líder do bloco  PPS, PSB,PDT e faz parte da base do governo. Em entrevista ao DF Notícias falou dos seus principais projetos, das relações com o governo e colegas da Câmara e explica o motivo pelo qual deixou a CPI do Pró-DF.
 Quais são os seus principais projetos para este ano?
Os  projetos estão  nas áreas destinadas à juventude. Apresentei projeto na área da educação, que é o projeto de padronização das escolas públicas do Distrito Federal. Você tem escolas públicas no Plano Piloto muito bem aparelhadas. Elas têm quadra coberta, auditório, sala de computadores, bibliotecas, mas em compensação há cidades que possuem escolas mal equipadas, caindo os pedaços e não abrigam os alunos da maneira que eles devem ser abrigadas. É preciso tratar os professores  com mais respeito, porque ele é um  profissional de nível superior com o menor salário,  chega  a ganhar menos 60% de que outras categorias do GDF de nível superior.
Precisamos dar ao professor um escritório de trabalho digno. Este projeto propõe que toda escola deve ter quadra coberta, auditório, sala de computação com acesso à internet e uma biblioteca. É inacreditável que uma escola não tenha uma biblioteca. Os alunos devem receber um grande incentivo à leitura. Depois vem a reclamação que o jovem pesquisa na internet, mas eles não têm acesso à biblioteca. Portanto é importante padronizar as escolas públicas.
Como foi o seu discurso no Plenário da Câmara semana passada sobre o fechamento das bibliotecas às 19h.
Reclamei em Plenário que é um desrespeito fechar as bibliotecas às 19h. Esse horário é o horário que o trabalhador pode estudar para um concurso  ou simplesmente lê. E me causou espanto  o fato das bibliotecas fecharem às 19h por falta de policiamento. A desculpa é  a falta de policiamento, mas é interessante que policiais para multar nós temos sempre a qualquer hora.
Podemos falar de outros projetos?
Continuando, tenho uma indicação ao Poder Executivo. Entendendo que o custo de vida em Brasília é o maior do que os demais estados brasileiros, peço que  estabeleça em Brasília, o salário mínimo regional de R$ 745. É preciso que o DF esteja preparado para tratar o seu trabalhador de acordo com suas particularidades. Esse piso já acontece no Paraná e São Paulo. No Paraná, o piso é maior do que proponho , é mais de R$ 800,00. Para o Distrito Federal, R$ 745 é um valor plausível que poderá ser implantado a médio prazo. O poder público tem que tomar providências urgentes para garantir o poder de compra do trabalhador, isso gira economia.
Também fiz uma proposta que eu acho importante que é a proposta que acaba com o 14º e 15º salários. O trabalhador recebe 13 salários por ano e o deputado também. Já abri a mão dos dois salários e apresentei o projeto.
 Tenho um outro projeto que considero fundamental. A faixa de desemprego  até os 29 anos é muito grande, por isso fiz uma indicação ao Executivo para criar o  incentiva ao jovem até essa idade se ele criar  uma empresa. Essa empresa ao se instalar poderá ter isenção de ISS e ICMS durante três anos.  Já está provado que  a maior fonte de geração de emprego no Brasil é a pequena e média empresa, por isso o retorno de emprego desses empreendedores jovens será bem maior e a geração de emprego compensará essa isenção fiscal.
O senhor é da base do governo e deixou a CPI do Pró-DF?
 O governo também ficou muito desconfortável com essa posição da CPI.
O que aconteceu?
 Antes de  sair a licença médica , o acordo que havia era que a base do governo permitiria que a deputada Eliana Pedrosa fosse a presidente da CPI do Pró-DF e que o deputado Chico Leite, primeiro subscritor da proposta da CPI, conforme tradição da Casa e de todos os legislativos do País, fosse o relator. E para minha surpresa, no dia que cheguei de licença e que fui negociar a composição da CPI, estava já acordado que o deputado Aylton Gomes seria o relator. Conversei com Chico Leite e ele me disse que a deputada Eliana não tinha aceitado aquele acordo e que ela tinha feito acordo com o deputado Olair para que Aylton Gomes fosse o relator. Não consegui entender porque quebrar uma tradição. A primeira vez que essa tradição foi quebrada, envolveu os mesmos personagens, na CPI dos Cemitérios. Ninguém me explicou porque foi quebrada a tradição de um deputado que foi subscritor da CPI ser o relator, por isso resolvi me afastar. Faço votos para que a deputada Eliana e o deputado Aylton conduzam a CPI com toda probidade.
Seis meses do Governo desta legislatura e as relações Câmara Governo continuam difíceis?
Venho sabendo de muito descontentamento, mas creio que o governo fará os ajustes necessários. Eu tenho tido excelentes relações com o governo.  Há necessidade de um gestual mais explícito por parte dos deputados. É preciso que os deputados se comportem como base. Nós vimos desde o primeiro dia com alguns deputados se comportaram e isso causa uma reação no governo. A comunicação precisa melhorar dos dois lados.
A população diz que a coisa anda devagar tanto na Câmara, quanto no governo. O senhor já notou isso?
Eu estou com seis projetos e já consegui que votassem um, ontem . Votamos quinze projetos de deputados e vetos do Governo. Semana passada, esvaziamos a pauta que estava trancada por causa dos projetos do governo. Como cientista político avalio que o Legislativo é mais lento, pois é o lugar do debate.
E o Poder Executivo?
O Poder Executivo está lento porque você não desfaz essas estruturas muito antigas de uma hora para outra.Lembro quando o presidente lula ganhou, levou dois anos para o governo engrenar. Espero que o governo Agnelo não leve tudo isso, mas trata-se de uma mudança política muito importante. É difícil acabar com décadas de fisiologismo, de acabar com formas de fazer o que já está consolidado que o governo atual não concorda. Desfazer estruturas muito enraizadas prejudica o andamento do governo.
Considerações finais.
O meu objetivo é mostrar uma nova geração que entra na vida pública, pessoas desapegadas de certas práticas, jovens que acreditam que podem mudar alguma coisa , principalmente tenham bandeira de vanguarda, como meio ambiente, educação. Sinto-me honrado em representar  uma nova geração que entra na vida pública com compromissos diferentes.



                                                                                              






                                                                                    






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