Projeto promove cidadania e renda
O projeto se configura numa atividade de extensão permanente desenvolvida pela associação. A iniciativa é fruto de um trabalho que tem o objetivo de criar, transformar se em uma fonte geradora de renda e inclusão social. O projeto Mãos que Criam visa fortalecer a cidadania, estimulando a participação ativa, livre e consciente de cada pessoa na construção coletiva do social, na melhoria de condições, na atuação de capacitação, acompanhamento, informação por meio de palestras e uma produção de artesanato rica em detalhes. Ainda , tem como uma de suas funções básicas dinamizar a arte e a cultura levando o trabalho diversas estados e ao exterior.
As atividades fazem uma aproximação com a comunidade, possibilitando a aprendizagem de técnicas de artesanato, o desenvolvimento da criatividade e de habilidades específicas. As oficinas atendem em torno de 60 participantes, que aprendem as técnicas de bordado, costura, crochê, tricô, arranjos, serigrafia, reciclagem e biscuit.
As oficinas duram em média três meses, pois é o tempo suficiente para aprender o básico, mas depois disso, o aluno tem que voltar para aperfeiçoar sua técnica para depois começar a produzir e expor. Entende-se que a proposta da oficina de artesanato é levar aprendizado que favorece o desenvolvimento da criatividade, de habilidades específicas e de domínio de técnicas para criação de produtos e com potencial de comercialização. Configurando-se assim, num importante espaço de geração de trabalho e renda alternativa para os participantes.
Tudo que é produzido já tem um destino. O trabalho deu tão certo que atualmente as artesãs recebem encomendas, produzem para expor em feiras, expotam para para paises como suiça e agora EUA. Além disso, trabalham com exclusividade para catálogos e até para desfiles de modas como Brasília Fashion Festival (BFF), Capital Fashion Week (CFW), entre outros.
Perseverança
No início foi difícil, pois a cidade Estrutural não tinha nem uma associação que pudesse lutar pelas melhorias do setor. A iniciativa surgiu por meio da moradora e presidente Sônia Maria Mendes que conta que, primeiro teve que pedir dinheiro emprestado para abrir um mercadinho em sociedade com seu irmão. No entanto, não se sentia satisfeita, pois sua grande paixão sempre foi o artesanato. Ela pensou bastante recebeu conselho da amiga e resolveu fundar a associação. Em 1998 a maior parte dos moradores da associação era de costureiras, então, criou se Associação Costureiras da Estrutural (ACAI). Com o crescimento da produtividade em 2005 o nome da associação mudou para Mãos que Criam. Dois anos mais tarde, surgiu a oportunidade de participar da Seleção Pública do Programa Desenvolvimento & Cidadania da Petrobras, onde apresentaram o Projeto Mãos de Esther, com o objetivo de capacitar e aperfeiçoar as atividades de produção das oficinas voltadas paras as mães da comunidade.
Mais somente em 2009 com o patrocínio da Petrobras que o projeto alavancou o processo de produção, melhorou a qualidade dos produtos, estimulou na formação da rede de comercialização e atenuou as moradoras uma capacitação para o mercado de trabalho.
A presidente da associação Sônia Maria Mendes disse que o projeto hoje tem um papel importante na vida dos moradores e que tem um compromisso de ajudar as mulheres partindo para a comercialização e profissionalizando. “Isso aqui é o reconhecimento do nosso trabalho, que com o passar do tempo ganhou espaço e hoje é responsável pela inclusão social desta cidade”, destacou.
Sônia também ressaltou que o espaço onde acontece toda a estrutura de produção do projeto foi construído com ajuda dos moradores. “Antigamente a produção era feita numa sala pequena e agora com a ajuda da comunidade construímos um espaço e temos como atender os nossos clientes”, observou ao informar que a Petrobras pagou todos os equipamentos para produção como maquinas de costura, material para serigrafia, entre outros. Além disso, fez todas as instalações necessárias e fez a doação de uma combi novinha.
A coordenadora Iralice Oliveira destacou que atividades como estas devem ser reconhecidas e apoiadas pelo governo, pois são iniciativas que podem melhorar a vida de muitas pessoas, já que são fontes renda e cidadania. “Essas iniciativas precisam ser olhadas com bons olhos, porque projetos como esse ajudam muitas mulheres e assim como o apoio da Petrobras outras entidades deveriam ajudar e dar mais credibilidade a projeto como este”, enfatizou.
A associação conta atualmente com o apoio de algumas entidades como o Sebrae, que ajuda na capacitação e promove cursos, oficinas e aperfeiçoamento; o programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) do Bando do Brasil (BB), que fazem empréstimos para que a equipe possa produzir; o programa Providência; e o patrocínio da Petrobras, que apóia e da capacitação para as artesãs.
A próxima fase do projeto está sendo a formação de uma biblioteca, que é apoiada pelo programa Providência e o Banco de Brasília (BRB). Com será realizado uma reforma e construção da obra. O projeto de execução foi encaminhado e aprovado pela equipe da UNB.
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