quinta-feira, 31 de maio de 2012

Setor da construção civil critica "gargalos" para liberação de obras

Setor da construção civil critica "gargalos" para liberação de obras
Empresários cobraram mais rapidez na liberação das obras (Foto: Fábio Rivas/CLDF)


Empreendedores do setor da construção civil  defenderam em audiência pública,  na tarde desta quinta-feira (31), no plenário da Câmara Legislativa, que o governo adote providências para acelerar o processo de liberação das obras a serem realizadas no DF. A iniciativa foi do deputado Chico Vigilante (PT), que defendeu a necessidade se eliminar os "gargalos", que segundo lamentou, "criam dificuldades para a construção civil ajudar no desenvolvimento da cidade, com a geração de renda e emprego".
O deputado Chico Vigilante ressaltou que o debate de hoje era a continuação de outra audiência pública realizada pela Câmara Legislativa para discutir aquelas mesmas questões. Destacou que  entre os principais problemas enfrentados na construção civil estão, por exemplo, a liberação de alvarás para o início das obras, como também os entraves para a concessão de energia elétrica.
O deputado Dr. Michel (PSL), vice-presidente da Câmara Legislativa, criticou duramente o que chamou de diferença de tratamento para os "empreendimentos nobres", citando o caso do Noroeste ,e "os dos pobres", citando o caso de loteamentos populares nas áreas de Ceilândia e Sobradinho. "Os órgãos ambientais não deixam sequer os pobres colocarem um poste na frente das suas casas. È a maior dificuldade", protestou.
As reclamações dos empresários foram ressaltadas pelo presidente da Indústria da Construção Civil do DF, Júlio César Peres. Reafirmou a preocupação com a liberação mais rápida das obras, ao defender a negociação de um pacto, entre governo e empresários, para que as exigências, como as licenças ambientais e alvarás, sejam aprovadas em menor tempo. "Não existe prejuízo maior para a economia do que obras paralisadas", lamentou.
O presidente do Clube de Engenharia de Brasília, João Carlos Pimenta, fez um alerta para a gravidade da situação, em debate. "As empresas vêm sofrendo escassez e muitas delas podem desaparecer por inanição", analisou, enumerando vários problemas para o setor da construção civil, como a falta de contratos pela não-liberação de recursos financeiros.
Também quem reclamou muito dos chamados "gargalos" na construção civil foi o representante da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Elson Ribeiro:"A demora para a liberação das licenças ambientais é um absurdo. Muitas vezes os recursos retornam para suas origens, sem serem utilizados, em virtude das dificuldades criadas pelos órgãos controladores", advertiu.
Energia - O diretor de engenharia da CEB, Mauro Martinelli, reconheceu os problemas enfrentados pela empresa para suprir a demanda crescente de energia elétrica, como nos casos dos novos loteamentos criados ao longo dos últimos anos, que enfrentam restrições ambientais. Defendeu  a necessidade de a empresa resolver seus problemas de infraestrutura para garantir a expansão dos serviços.



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