domingo, 19 de agosto de 2012

Estrutura da PCDF é melhorar, já da PCGO está à beira do caos


As cidades do Entorno e o Distrito Federal demonstram realidades bastante diferentes quando o assunto é segurança pública. A estrutura das polícias civis do Estado de Goiás e do DF denota dois Brasis diferentes.
 A Polícia Civil do DF, em termos de pessoal, condições de trabalho e equipamentos, é sem dúvidas, bem melhor que a do estado vizinho,porém, aos poucos, a categoria começa a ser afetada pela diminuição de seu quadro de servidores. Isso se deu, porque foram criadas várias delegacias e o número de pessoal não acompanhou a demanda -apenas houve remanejamento de pessoal. Esse fator se reflete diretamente nas condições de trabalho dos servidores, que têm que fazer mais tarefas para suprir a falta de pessoal. Quem endossa todos esses argumentos e aponta as dificuldades é o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Ciro de Freitas. “Já fomos referência, mas com o passar dos anos, a Polícia Civil vai aos poucos perdendo seu efetivo por motivos de aposentadoria de seus servidores, por morte, por migração para outras carreiras fora da segurança pública. O interessante não é só repor o quadro, mas aumentá-lo, para atender a criação de novas delegacias. Só repor as perdas não resolve, tem que aumentar o efetivo.Lutamos, no momento, para que não cheguemos ao fundo do poço”, adverte Ciro.
 Um dos pontos de estrangulamento se refere às categorias de peritos e escrivães. Nas escalas, às vezes, três escrivães atendem até três delegacias. O quadro de peritos está reduzido. Há três mil laudos esperando para serem liberados. Tudo piorou com o incêndio que consumiu boa parte dos equipamentos do Laboratório e documentos.
 “No DF, também há dois extremos, há delegacias de primeiro mundo, toda equipada e outras, que funcionam de maneira improvisada, aexemplo da 35ª DP de Sobradinho II, Vicente Pires, DCAII e a DECAP”, relata Ciro.
 Segundo Ciro de Freitas também é reivindicação do Sinpol-DF que cada policial tenha seu colete à prova de balas e de o uso deste seja obrigatório. Lembra o presidente do sindicato, que os agentes de polícia têm que cuidar de escolta, custódia dos presos no âmbito prisional da carceragem, enquanto deixam de executar as investigações criminais, configurando, assim,flagrante desvio de atividade.
 Sem dúvida, as condições de trabalho da Polícia Civil de Goiás. são bem piores. São 13 mil processos que esperam investigação. A demora é atribuída à escassez de pessoal, às condições de trabalho e à falta de viaturas.
 Para Tiago Muller, diretor administrativo do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, toda a estrutura que se relaciona ao trabalho policial deixa muito a desejar. “Não tem estrutura predial, no caso das viaturas é pior ainda. Elas não têm direção hidráulica, a potência do motor é ruim, no caso de uma perseguição é um vexame só, com os carrões que circulam na mão dos bandidos. Muitos policiais fazem a manutenção das viaturas para poderem trabalhar”, relata o diretor do Sinpol-Go.
 No IML a estrutura é precaríssima. Na Polícia Civil goiana seriam necessários em torno de sete mil servidores da carreira, que englobam agentes, escrivães e administrativos, para suprir o pessoal necessário para trabalhar nas investigações eno atendimento, mas não há concursados no quadro, nem em andamento.
 Policiais de Goiás estão em greve há maisde trinta  dias e não arredam do objetivo de receber o mesmo tratamento dado aos delegados, que, segundo Tiago Muller, receberam promoção dividida em 2013 e 2014, adicional de produtividade, mais data base,dependendo do IPC.

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