sexta-feira, 29 de julho de 2011

Deputado Dr. Michel, um dos mais assíduos e atuantes da Câmara Legislativa acredita que a reforma administrativa a ser realizada pelo GDF irá corrigir muitas distorções  e vai dar celeridade ao Governo

Quais são os seus principais projetos para este ano?

No primeiro semestre nós fizemos vários projetos, dentre eles, a criação do Batalhão Rural, e a desospitalização do doente crônico, porque a gente entende que é importantíssimo para Brasília desocupar um leito hospitalar e fazer com que o doente crônico tenha uma convivência com a família, sem negligenciar seu tratamento. Na década de 90 o doente ia para o hospital ou ele morria ou ele sarava. Hoje, com o avanço da tecnologia, este doente crônico fica internado no hospital e preso, e ao mesmo tempo leva mais um, que é o acompanhante. O nosso projeto deve entrar em pauta no segundo semestre. Esse projeto surgiu porque andamos visitando os hospitais e verificamos que há muitas pessoas que têm a possibilidade de ser tratado em casa e várias outras que estão em casa por ordem judicial. Mais essa situação só pode ocorrer se o Estado, através Secretaria de Saúde, der condições do doente ser tratado em casa. Para isso, primeiro vamos desafogar aquelas internações que estão há anos dentro do hospital e segundo, vamos humanizar esse doente em casa, porque nada melhor que você está se tratando em casa com a família. O Batalhão Rural também é muito importante, porque não adianta o governo dar toda a estrutura de escoamento da produtividade se não der segurança ao homem do campo. Também fizemos projetos de criação para a carreira de Biomédico, carreira na hematologia e também fizemos indicações para o plano de carreira dos funcionários da saúde. Isso porque a saúde do DF é caso de polícia e como polícia não posso ficar fora da área de saúde.
 Senti um desgosto muito grande em relação à negociação dos funcionários da saúde, pois fizemos toda a negociação e no momento de demonstrar para categoria esta negociação, vieram pessoas inescrupulosas querendo enfeitar a boneca com o chapéu dos outros e disseram que foram eles que negociaram, mas não tem problema. Meu papel é de olhar e também de valorizar a parte humana e fazer uma unificação, para que tenhamos um corpo só na saúde e que seja fortalecido.
Enquanto vice-presidente da Câmara nós temos tentado fazer um trabalho diferenciado. A gente precisava conhecer a máquina e no segundo momento reconhecer a situação e fazer algo por ela, como exemplo a Fascal, a modernização da informática, onde estamos de olho nas licitações. Também estamos de olho no orçamento para fazer um trabalho transparente e importante dentro da Câmara Legislativa.
Qual a sua avaliação para este primeiro semestre?
Acredito que por ser deputado de primeiro mandato fazer qualquer avaliação seria leviandade da minha parte. Posso disser pelo que percebi foi até muito produtivo. Nós não podemos deixar de aprovar os projetos em que sirva para a sociedade. Além disso, para não darmos desculpas para o governo dizer que não fez isso ou aquilo, porque a Câmara Legislava não aprovou os projetos que mandou, todos os projetos que foram encaminhados do Executivo para o Legislativo foram aprovados. Apesar de ter sido no último minuto, mas foram votados e aprovados. Cabe agora o governo do Novo Caminho do qual faço parte, fazer o que prometeu na campanha eleitoral.  
Como estão as relações com os colegas parlamentares?
Entre nós deputados as relações são as melhores possíveis, apesar das divergências ideológicas, mas isso tem que haver mesmo. Até porque cada um pensa diferente, mas acho que no campo pessoal somos um corpo só, já que todos fomos votados e eleitos pelo povo.
Como anda a questão dos cargos?
O presidente da Casa, Patrício disse que agora no segundo semestre vai ser superado. Até porque na divisão, muitos parlamenteres ficaram com menos cargos que os outros e a divisão tem que ser igual para todos. E não é justo que ninguém fique com mais cargo que o outro.
Como andam as relações com o Executivo?
A relação com o governo tem que ser a melhor possível, até porque sou da base. Mais no início houve uma interlocução muito difícil, até porque os interlocutores não estavam se entendendo, mas agora no final, o governo entendeu que se nós somos da base tem que haver uma interlocução muito boa entre base e governo. Até porque somos eleitos pelo povo e temos muita demanda para que o governo possa atender. É asfalto, creche, Caps, posto de saúde, UPA, iluminação, esgoto, então, são demandas que chegam até o deputado pela região que ele foi eleito e o deputado tem dar encaminhamento paro o governo. Muitas vezes cobro mesmo.
Dizem que a bancada da Segurança dá muito palpite e isso causou no passado ruptura na Secretária de Segurança.  E agora, o assunto já foi superado?
Sou delegado de polícia e em momento algum dei palpite em qualquer questão de segurança. Mais se eu tivesse dado palpite teria resolvido o problema da segurança. O primeiro secretário não ouvia ninguém. Agora veja, o novo secretário, ele já reuniu com a bancada da Segurança, pediu que cada um desse opinião no que pudesse ajudá-lo.  Nós temos muito a ajudar em matéria de segurança pública e vamos levar a nossa experiência.
Como está a reforma administrativa?
Acho que nem é minirreforma, mas uma grande reforma. A Câmara votou para se fazer a reforma administrativa, no GDF, então, cabe agora ao governo aproveitar e fazer essa grande reforma. Mas falo principalmente em relação aos servidores de carreira, comissionados, pois acho que tem muita gente trabalhando de forma desigual.
Dizem que o governo vai convidar alguns deputados  para serem secretários. O comentário no plenário é que eles dão trabalho.   O senhor é um deles?
Sou um dos que dão trabalho e não vou ser secretário. Se cobrar é dar trabalho, vou cobrar. Fui eleito para cobrar, não tenho rabo preso, nem rabo de palha e posso pular qualquer fogueira, então, estou cobrando o que o povo me cobra na rua. E não acredito que o governo pense dessa forma.
É verdade que o senhor vai para o TCDF?
Não vou. Não sei o que iria fazer lá. Se dizem que pretendo ir para o TCDF, é para me desarticular. Quero ficar no Legislativo, quero ser político. Quem sabe amanhã um deputado federal, senador e depois um governador.
O que o senhor espera para o próximo semestre?
Acredito que será mais proveitoso. No primeiro semestre foi para conhecermos e analisar. Agora nós já sabemos como funciona e vamos colocar o trem no trilho e fazer com que as coisas prosperem muito mais. Mostrar para a sociedade que o que garantimos vai ser realidade. Honestidade, seriedade e trabalho esse é o meu dilema.
Considerações finais
Estou no primeiro mandato na CLDF fazendo um trabalho para poder melhorar a vida da comunidade de Brasília como um todo. Não temos um grupo determinado, pois trabalhamos para toda a sociedade, para todos os órgãos públicos e servidores públicos. Nesse primeiro mandato estou mostrando que pode se fazer uma política diferenciada e diferente. Não tenho interesses escusos, qualquer coisa que faço é transparente.





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