Após confirmação do aumento das mensalidades escolares ,
a Associação de Pais e Alunos das
Instituições de Ensino do DF (Aspa) quer maiores explicações sobre os aumentos
e quer que os pais conheçam os detalhes das planilhas das escolas privadas. “
Queremos saber as despesas e receitas
das escolas dos nossos filhos”, exige o presidente da Aspa, Luiz Cláudio
Magiorin que complementa:” a maneira como as escolas nos apresentam essas
planilhas, não nos convence desses aumentos. Queremos mais transparência.”
Para o bancário João Mendes, que tem dois filhos na escola
privada, a situação está bastante complicada. “ Queremos saber das despesas ,
mas queremos saber da receita. O repasse ao salário do professor e outros funcionários é ínfimo, só o da
inflação. Não há ganho real nenhum. Quero que o professor que educa meu filho
ganhe bem, mas isso não ocorre, por isso não aceito esse aumentos abusivo”, declara João.
“ Meu filho estuda numa escola que não encontro nada de
novo. Pago todo mês R$ 890 e não vejo
novidade, Nunca vi essas planilhas de
gastos”, reclama a fisioterapeuta Ana Maria da Silva que pretende ano que vem procurar vaga para o filho na escola
pública.
O presidente da Aspa espera para os próximos dias uma
audiência pública na Câmara Legislativa para discutir com vários segmentos da
sociedade o aumento da mensalidade das escolas privadas, as planilhas. “
Sabemos que as escolas têm autonomia para cobrar a mensalidade de acordo
com as planilhas de custo das
instituições, mas ensino parece que é um comércio que dá bastante lucro”.
Para Rodrigo de
Paula, presidente do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares
do Distrito Federal( Sinproep) é necessário
que a sociedade saiba o verdadeiro motivo do aumento das mensalidades
escolares. “ As escolas reajustam as
mensalidades sempre o dobro da previsão da inflação. Muitas usam o discurso que
o aumento se dá, porque os valores das planilhas subiram e isso inclui aumento
dos professores. Os salários dos professores só aumentam em maio e após muitas
rodadas de negociação . Só repassam para
os professores a inflação. O aumento das mensalidade ocorre em janeiro,
portanto são quatro meses sem repassar nada aos professores “, pondera Rodrigo
e adianta que o Sinproep está lançando uma campanha de conscientização para que
os pais conheçam o salário pago aos professores de seus filhos. “ Justamente
para que cada pai possa fazer o comparativo entre os salários
dos professores e o que ele paga.”
Cíntia Assunção, secretária, diante dessa polêmica dos aumentos
e constatando que os servidores privados e públicos não tiveram aumento desse
porte, abre outro questionamento: “Tenho uma filha estudando na escola privada
e me preocupo com profissional que está dando aulas para ela. Vou começar a
pesquisar qual é o salário desse professor.
Pela mensalidade que pago, tem que ganhar bem. Devemos estar atentos
para esse detalhe”, lembra Cíntia.Esse aumento pode ser maior, pois existem muitas escolas que não são associadas ao Sinepe.
O presidente da
Aspa avalia que os pais devem se unir para que os órgãos de defesa do
consumidor abram essa caixa preta dos aumentos das mensalidades escolares.
Disponibiliza os contatos da associação
para reuniões: www.aspadf.blogspot.com, e-mail: aspadf@gmail.com
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