quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Periscópio DF Notícias

A doce vida dos deputados brasileiros
O título foi tirado de um diário da capital. E vai além. R$ 3,2 mil é o valor que cada deputado receberá por dia para representar a sociedade na Câmara. É 34 vezes a mais do que ganham os professores que recebem o piso salarial (a remuneração diária de um docente é de R$ 94,0). 123 dias será o período trabalhado pelos deputados em 2013, levando-se em conta as sessões obrigatórias de terça, quarta e quinta.
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Não é por acaso que todo mundo sonha em ser político. Já existe até estimativa de que em 2014, Brasília terá mais de 700 candidatos a deputado federal e aproximadamente dois mil candidatos para deputado distrital. Por aqui, existe o dizer de que quando se pergunta para uma criança o que ele quer ser quando crescer ela responde: “deputado”. É mole.
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O certo é que o Legislativo brasileiro precisa urgentemente de mudanças. Dos 513 deputados, apenas oito participaram de todas as sessões. Pior ainda é que Brasília tem oito deputados e apenas um participou de todas elas: José Reguffe (PDT).  E tem mais. Em votação simbólica, os deputados oficializaram uma prática conhecida por todo o país: eles estão autorizados a faltarem às sessões de segunda e sexta-feira.
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Na quinta-feira, 18, Brasília amanheceu estarrecida com a notícia: “Câmara amplia folga e mantém 14º e 15º salários”. A manobra foi perfeita. Quando a Comissão de Finanças se preparava para votar a proposta que extingue o pagamento dos 14º e 15º  salários, o líder do PSD, Guilherme Campos (SP), pediu vista, alegando que o assunto é “polêmico”. Isso mostra que os deputados têm muito apego as regalias e privilégios e pouco apreço ao trabalho e a ética.

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