Embarcar num ônibus após o expediente do trabalho é tarefa difícil no Distrito Federal, pois existem poucos ônibus e quando passam, estão lotados. Mas tarefa impossível é encontrar um táxi vazio na rua, principalmente no centro de Brasília e cidades satélites. A maioria dos taxistas prefere circular no Plano Piloto.
Maria Leila
de Jesus, moradora de Taguatinga Sul, quando precisa de táxi sempre apela para
o telefone do ponto de táxi do centro da cidade. “ É quase impossível se
encontrar um táxi aqui nas quadras da Avenida Comercial Sul. Quando aparecem
estão cheios ou já vão apanhar algum passageiro. Quando chamamos taxista que
atende rádio táxi nunca tem disponível”, explica a dona de casa que reclama :
“antigamente existiam ponto de táxi em vários pontos da cidade, mas parece que
eles foram desativados ou que o número de táxi diminuiu”.
Para o
empresário Odilon Rodrigues que vem a Brasília a trabalho pelo menos uma vez
por mês, encontrar táxis com facilidade
só no Aeroporto. “ Fora o Aeroporto, táxi só por meio de rádio táxi,
porém no horário de rush e quando chove, a espera é longa”, chama atenção o
empresário e compara o problema a outras
cidades: “ em outras capitais o número de táxi é bem maior e o atendimento é
rápido. Viajo para o Rio, São Paulo, Salvador, para o Sul e não encontro a
dificuldade que encontro aqui”.
Segundo a
presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do
DF (Sinpetáxi), Maria do Bonfim, Mariazinha, a frota de táxi é a mesma há 30
anos. “ Até as permissões de taxistas que morreram, o governo proíbe que
parentes as usem ou que os carros sejam
trocados. O carro não pode circular, deve ficar parado. Estamos esperando a
concessão de novas permissões, discutir os problemas da categoria com o
governador, mas ainda não houve oportunidade. Queremos que o governador ouça as
preocupações do sindicato para juntos buscarmos uma solução”, pondera
Mariazinha.
A presidente
do Sindicato dos Taxistas afirma que tem recebido várias denúncias de que
alguns pontos de táxi estão sendo usados para outras atividades confirmando assim
informações recebidas por nossa
reportagem. “ O sindicato não concorda com tal atitude, pois os pontos de táxi
só podem ser usados exclusivamente para
atividade de abrigar o trabalhador que está esperando ser convocado para
atender o passageiro”, ratifica Mariazinha. Quem faz essa fiscalização
“Com a
proximidade dos eventos da Copa das Confederações e do Mundo se não mudar o
quadro, podemos esperar reclamações dos
turistas , dos participantes dos eventos”, adverte o taxista João Melo. João
ainda contesta a afirmação de que não tem táxis circulando: “ a gasolina está
cara e a falta de segurança nos impede
de ficar circulando pela cidade. Gastamos muito E o preço da tarifa em Brasília
está muito baixa em relação a outros
estados”.
De acordo com
informações da empresa Alfredo Com. de
Taxímetro Ltda., aferidor e verificador periódico de todas as tarifas de táxi
do país, o Distrito Federal, Amapá, Goiás, Paraná, Roraima e Rondônia não
aumentaram as tarifas e somente Amapá, Mato Grosso, Roraima e
Rondônia têm tarifas mais baixas que o Distrito Federal.“Brasília precisa corrigir o transporte em geral. Tudo está operando com deficiência. Ônibus quebram, o Metrô para, engarrafamentos todo dia , há poucos táxis. Como vamos recepcionar o pessoal durante as copas?”, questiona a funcionária públicaTaiza do Amaral.
O Secretaria de Transportes do Distrito Federal diz que vai está previsto fazer um estudo para abrir uma licitação para 640 novas permissões para taxistas, no ano que vem, mas ainda não há data prevista. E o aumento da tarifa deverá ser anunciada para breve, será em torno de 18% a 22%.
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