segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Greve mais longa traz transtornos para a população

A  greve mais longa dos policiais civis do DF está trazendo transtornos para a população que não consegue registrar alguns crimes nas delegacias e não pode usufruir de alguns serviços. Outra leitura que está sendo feita é que com a demora em encerrar o movimento, ele pode ser irradiado para outras categorias que durante o ano todo alegaram cobrar compromissos não assumidos pelo Governo do Distrito Federal.
Jorge Dantas, motorista, teve seus documentos roubados no final de semana  no ônibus, quando ia para casa após o trabalho. Ao notar o furto  dos documentos se dirigiu à delegacia no Gama Oeste e foi informado que seria impossível fazer o boletim de ocorrência por causa da greve. O fato o aborreceu bastante, pois segundo ele, quem o roubou poderia usar seus documento em algum  crime . Sem a ocorrência policial como poderia alegar que não estava no local?
Janaína dos Santos , secretária, moradora de Planaltina, teve essa mesma preocupação. Foi assaltada chegando a sua residência e ficou sem o celular. Foi à delegacia , mas a orientaram voltar após a greve para lavrar o boletim de ocorrência. “ Imagine se os bandidos esquecem meu celular  onde eles possam praticar algum crime. Até eu explicar, vou ter muita dor de cabeça. Espero que a greve acabe logo, pois precisamos ter todo efetivo de policiais trabalhando contra esses bandidos”,  lamenta a secretária.
Inúmeras pessoas deixaram de ir às delegacias de polícias no Distrito Federal nesses 69 dias de greve para registrar vários tipos de crimes,como furtos, briga de vizinho, ofensas e contra o patrimônio. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Ciro de Freitas, em caso de furto e extravio de documentos os boletins podem ser realizados pela internet. Nas delegacias só podem ser feitas as ocorrências de prisão em flagrante  e fatos que oferecem risco à vida, como roubo, sequestro relâmpago, estupro de vulneráveis, violência contra a mulher, homicídios.
Nos casos que envolvam somente furto de veículos e  que o dono do carro venha a precisar  acionar o seguro do veículo, Ciro de Freitas orienta que o proprietário deve fazer uma declaração de próprio punho relatando o furto e após a greve comparecer a uma delegacia para fazer o boletim de ocorrência.
A Direção Geral da Polícia Civil do Distrito Federal determinou que todas as ocorrências devem ser registradas, os casos que não forem atendidos, deverão ser informados na Ouvidoria da Polícia Civil do Distrito Federal.

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