sexta-feira, 2 de março de 2012

Empresários pedem melhorias na Cidade do Automóvel

A Cidade do Automóvel nasceu fruto da parceria entre empresários do setor automobilístico e o Governo do Distrito Federal. É a maior concentração de revendas de veículos da América Latina. Estão instaladas na Cidade mais de 150 lojas de revendas automobilísticas que geram emprego, concorrência e grandes oportunidades de negócios. Devido a sua localização privilegiada permite acesso rápido e fácil para as principais cidades do Distrito Federal , porém para os empresários da área, a Cidade do Automóvel não foi ainda totalmente consolidada.

 Criada há mais de 10 anos, a Cidade ainda requer muita coisa para dinamizar a área e quem vai ganhar com isso é o Distrito Federal garantem os empresários do local.

Para o presidente da Agenciauto, Paulo Poli, falta boa vontade política e ações mais efetivas por parte do governo. “Já estamos em conversação com o governo, já acionei a Novacap. A Cidade do Automóvel precisa de pouca coisa para ser consolidada, mas são ações urgentes que irão dinamizar a área, atraindo assim mais clientes”, analisa  Paulo Poli.

Na visão do empresário, é preciso fazer primeiro a urbanização do canteiro central que está do jeito que foi inaugurado; fazer a retirada dos quiosques que foram colocados ao longo dos anos, sem a efetiva fiscalização dos órgãos do governo. “Há pouco espaço para estacionamento nas ruas, por isso faz-se necessária a urbanização entre as duas pistas para que as vagas aumentem. Tem que ser algo bonito e funcional”, sugere.

Outra necessidade é a construção de uma praça de alimentação. A Cidade do Automóvel não tem um local para os clientes e funcionários se alimentarem. Uma área já está sendo reservada para abrigar uma central de alimentação. Essa área pública foi ocupada por uma empresa que era responsável para fazer as casinhas na Estrutural, que faliu, e esta área após a obra, seria transformada em uma Praça de Alimentação, construída pela empresa em questão.

Outra reivindicação é que a Agenciauto precisa de uma área de 250 metros quadrados para fazer uma Central de Informação para que as  pessoas que cheguem à Cidade recebam informações diversas. “Além disso, precisamos de uma segurança mais efetiva, de um posto policial, de policiamento. Polícia aqui só quando acontece uma coisa bem séria”, garante o presidente da Agenciauto, Paulo Poli.

Outro problema é a varrição das ruas, que é precária. “Imploramos quase sistematicamente para a administradora da Estrutural e SCIA sobre a limpeza das ruas. A gente sabe que ela tem limitações de pessoal, pois não dispõe de funcionários para fazer a varrição. O governo não disponibiliza gente”, explica Poli. “A drenagem também precisa ser revista, porque na época que fizeram as obras de águas pluviais, só fizeram uma parte. Algumas ruas ficam alagadas”, lembra.

Lúcio Rômulo Mendonça, empresário, afirma que a Cidade está esquecida pelo governo. A limpeza das ruas deixa a desejar, sempre que chove, ainda são alagadas, apesar de ter melhorado; a segurança é precária. Os lojistas só contam com mecanismos da  segurança privada.

Sérgio Medeiros, gerente da Coelho Gordo Veículos, aponta problemas como as águas pluviais, jardinagem e pede uma certa  assistência na varrição das ruas. “Oferecemos carros bons, com procedência confiável e nosso público merece ter uma cidade com boa intraestrutura, limpa, bonita”, esclarece.

Já Raimundo José de Souza, proprietário da Linc Car, diz que a Cidade carece de restaurantes, bancos, boas lanchonetes. “A demanda para restaurantes, bancos e lanchonetes é grande e é uma maneira de atrair mais pessoas para cá”, ressalta.

Paulo Poli, presidente da Agenciauto reconhece que falta muito pouco para a cidade se consolidar, mas esses entraves como arrombamentos, falta estacionamento, desorganização no local deixam o empresário inseguro e os clientes. “O visual melhora a imagem do local. Você chega num lugar e não tem onde fazer um lanche com sua família, há barracos para todo lado, até prostituição dizem que tem, isso leva ao consumo de álcool, ou seja uma coisa leva á outra. Com ações apontadas por nós, o governo pode trazer muitos benéficios para a categoria. Acho que o SCIA deveria ser administrado pela administração do SIA e não da Estrutural que já tem muitos problemas e bem diferentes do que temos”, defende Paulo Poli.

Para Socorro Torquato, Administradora de Estrutural e SCIA, a estrutura da cidade não é ruim, inclusive a urbanização está sendo reforçada com a Operação Tapa Buraco. Em relação ao canteiro central, informa que já fizeram uma parceria com o Sindicato da Construção Civil (Sinduscom) e os engenheiros estão fazendo um projeto de revitalização do canteiro central e de uma praça de alimentação. “ Tudo isso está sendo trabalhado em parceria com empresários, quiosqueiros, governo e entidades. Vai haver a padronização dos quiosques. No momento, a NGB( Normas de Gabarito) não permite na área, restaurantes. Os quiosques também serão incorporados à Praça de Alimentação se adaptados às condições do local. Vamos agregar também outras atividades ao setor”, afirma Socorro Torquato.

A administradora relata que há um posto policial que é responsável pela área, mas reconhece que é insuficiente e o problema de insegurança é geral. Os empresários relembram que a segurança é feita e mantida por eles próprios. e

“O Setor Complementar de Indústria e Abastecimento  sofria muito com alagamentos, quando chovia ninguém entrava , nem saía. As obras da rede pluvial estão em andamento e estão perto de ser concluídas. A situação foi bastante melhorada. O canteiro central está sendo planejado e vai sair caro. O problema do estacionamento se agravou, porque as lojas têm capacidade para colocar uma certa quantidade de carro e colocam o triplo. Aí vai faltar espaço de vagas para clientes e funcionários”,  resume Socorro.


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