quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Policiais civis agora trabalham na legalidade

Os policiais civis do Distrito Federal fizeram 37 dias de paralisação este ano. O objetivo do movimento foi ver contemplado os pleitos da categoria que foram acordados segundo o Sinpol DF, na época da campanha para as eleições de 2010, com o atual governo, e ratificado em abri deste anol. As principais reivindicações são aumento do efetivo policial, transformação do cargo de agente penitenciário, plano de saúde subsidiado, pagamento dos passivos financeiros, publicação do decreto de progressão funcional e a recomposição das perdas inflacionárias em 13%. Mas no dia 25/11, o Sindicato dos Policiais Civis do DF(Sinpol DF) em assembleia resolveu suspender o movimento e transformá-lo na Operação Legalidade, após a Justiça determinar a volta dos policiais ao trabalho.
Fazendo uma análise do movimento, o presidente do sindicato da categoria afirma que as mudanças na direção da polícia veio coma intenção de desarticular o poder que a polícia tem de investigar. “ O Governo credita à Polícia Civil as crises que ele está passando com as investigações das denúncias. A categoria não tem culpa do que está acontecendo. O que houve é que um pacto entre policiais e governo não foi cumprido”, esclarece.
Com o fim da greve apenas parte do passivo trabalhista está sendo pago ,como os resíduos de progressão, resíduo de adicional por tempo de serviço e outros. Segundo o presidente do Sinpol, Ciro de Freitas,  os valores pagos  são individualizados, cada um tem o seu.
Ciro Freitas lembra que os policiais estão com os salários congelados desde 2009. “Estamos reivindicando 6% de reposição de inflação em dezembro de 2011, mais 6% em março de 2012. Todo mundo diz que começamos ganhando R$ 7 mil, só que se esquecem que líquido é bem menos e um policial em fim de carreira não recebe R$ 20 mil como alardearam. Médicos, professores recebem menos , em compensação podem trabalhar em outros lugares”, explica Ciro.
O salário de um policial civil no Distrito Federal não tem nenhum adicional, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais: de periculosidade, insalubridade, hora extra, adicional noturno. O policial não tem seguro de vida, seguro de viaturas. “ Se algum policial em perseguição colidir alguma viatura, pode vir a pagá-la”, aponta.
No Brasil, os salários incidem na índole de parte dos policiais. Na Polícia Civil do Distrito Federal não se vê corrupção, milícias, crime organizado.
Segundo Luciano Marinho, vice-presidente do Sinpol- DF, o efetivo da Polícia Civil é o mesmo desde 1993. “Os concursados que assumiram depois disso , assumiram para repor aposentadorias e mortes. A população cresceu, foram criadas várias cidades e o contingente não acompanhou a necessidade do Estado  ter mais policiais”, argumenta Marinho e acrescenta:” Delegacias foram criadas e apenas remanejaram o pessoal. Há necessidade de aumentar o efetivo urgente, sob pena de comprometer o trabalho”.
E os problemas de falta de pessoal se avolumam, quando num plantão em determinada delegacia só conta com três policiais. Em caso de urgência, esses policiais não podem se ausentar. Muitas vezes um escrivão atende três delegacias e não há pessoal para trabalhar em investigações de crimes.

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