Distritais cobram explicações de Patrício sobre entrevista
Wellington também interpretou que o presidente, na entrevista, teria ameaçado parlamentares que se recusam a votar enquanto não for encontrada uma solução para o impasse na Polícia Civil, que está em greve. “São palavras graves e quero explicações. O que significa dizer que se não votarmos, basta vermos o Diário Oficial no dia seguinte?”, questionou Wellington.
O deputado Dr. Michel (PSL) disse ter ficado estarrecido com a entrevista e quis saber se as declarações ocorreram em um "momento de descontração". O deputado afirmou que não aceita intimidações e cobrou compromisso do governo com a categoria. “A obstrução que fazemos aqui é regimental. Quero saber se o governo vai fazer valer o que prometeu, dizer que o papel tem validade”, cobrou.
Cláudio Abrantes (PPS) disse que, se forem verdadeiras, as declarações de Patrício são um desrespeito à categoria, à sociedade e ao governo. “Não aceito enquadramento. Vou me retirar e quero ver o Diário Oficial amanhã. Quando for do interesse da sociedade vou votar, quando for de interesse do governo vou me retirar”.
O presidente Patrício, por sua vez, disse que não iria “botar mais fogo na discussão” e que “não precisa rebater as acusações”. Já Roney Nemer (PMDB) disse que conversou pela manhã com o governador Agnelo Queiroz, que garantiu que o GDF se comprometeu a buscar ajuda com o Governo Federal para viabilizar o reajuste da Polícia Civil, que é pago com recursos da União.
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