terça-feira, 8 de novembro de 2011

Distritais cobram explicações de Patrício sobre entrevista


Distritais cobram explicações de Patrício sobre entrevista
Wellington Luiz: "palavras graves" (Foto: Fabio Rivas/CLDF)
Três deputados distritais ligados à Polícia Civil cobraram do presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício (PT), explicações sobre uma entrevista publicada na edição de hoje do jornal Alô Brasília. De acordo com Wellington Luís (PPL), distrital que trouxe à tona a discussão no plenário, Patrício teria dito que o acordo firmado entre o GDF e os grevistas em abril, e que acabou com a greve da categoria, não foi um real compromisso por parte do governo.
Wellington também interpretou que o presidente, na entrevista, teria ameaçado parlamentares que se recusam a votar enquanto não for encontrada uma solução para o impasse na Polícia Civil, que está em greve. “São palavras graves e quero explicações. O que significa dizer que se não votarmos, basta vermos o Diário Oficial no dia seguinte?”, questionou Wellington.
O deputado Dr. Michel (PSL) disse ter ficado estarrecido com a entrevista e quis saber se as declarações ocorreram em um "momento de descontração". O deputado afirmou que não aceita intimidações e cobrou compromisso do governo com a categoria. “A obstrução que fazemos aqui é regimental. Quero saber se o governo vai fazer valer o que prometeu, dizer que o papel tem validade”, cobrou.
Cláudio Abrantes (PPS) disse que, se forem verdadeiras, as declarações de Patrício são um desrespeito à categoria, à sociedade e ao governo. “Não aceito enquadramento. Vou me retirar e quero ver o Diário Oficial amanhã. Quando for do interesse da sociedade vou votar, quando for de interesse do governo vou me retirar”.
O presidente Patrício, por sua vez, disse que não iria “botar mais fogo na discussão” e que “não precisa rebater as acusações”. Já Roney Nemer (PMDB) disse que conversou pela manhã com o governador Agnelo Queiroz, que garantiu que o GDF se comprometeu a buscar ajuda com o Governo Federal para viabilizar o reajuste da Polícia Civil, que é pago com recursos da União.

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