quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Moradores cobram saúde básica

Longas filas, muita espera e falta de atendimento fazem parte da rotina de quem procura os hospitais e postos de saúde. A situação não é nova. Todos os dias, milhares de pacientes enfrentam dificuldades nos hospitais públicos do DF. O atendimento em algumas cidades mesmo com postos de saúde é precário, porque muitas vezes os postos não são suficientes para atender a demanda local e contam com poucos médicos.

O Riacho Fundo, por exemplo, é uma região administrativa com uma ocupação territorial, praticamente já consolidada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Riacho Fundo I é a cidade do Distrito Federal que mais cresceu na última década e hoje possui 71,5 mil habitantes. Porém, a rápida elevação do número de moradores não foi acompanhada, na maioria dos casos, da infraestrutura necessária para a população. E nos casos da Saúde e Limpeza deixam a desejar.

Os moradores têm à disposição um único posto de saúde e não encontram vaga na agenda dos médicos da unidade. A comunidade reclama que foi construído uma Unidade de Ponto Atendimento (UPA) no Núcleo Bandeirante, que fica entre na divisa para o Riacho Fundo I e que ainda não foi inaugurada. Além disso, segundo os moradores no terreno da UPA  tem muito lixo acumulado, inclusive orgânico. 

A dona de casa Marli Gosmes, 44 anos, mora próximo a nova unidade de atendimento e salienta que falta serviço de saúde no Riacho Fundo 1. Segundo ela, o único posto da cidade não tem condições de atender essa quantidade de moradores da cidade. “As filas são enormes, muitas vezes não conseguimos ser atendidos com urgência e existe uma falta de responsabilidade nos atendimentos. Sem falar que moro próximo a UPA que não foi inaugurada e que está cheia de lixo, entulho e até há poucos meses lá começaram a ter morador de rua”, relatou.

Cabe destacar que a participação média de idosos do Riacho Fundo já é maior que a média do DF. De acordo com dados da Codeplan, a maior parte da população local tem, em média, 55 anos, cerca a 36,4%. A maior parte da população do Riacho Fundo não conta com Plano de Saúde. Somente 16 % tem plano empresarial, enquanto quase cerca de 80% não conta com esse serviço. Por isso, a necessidade de mais unidades para atender a comunidade, que acaba se deslocando para outras regiões administrativas em busca de serviços médicos.

A Administração Regional do Riacho Fundo informa que a nova unidade do Bandeirante também vai ajudar no atendimento de saúde na comunidade. E avisa que no dia 17 de novembro, será realizado um grande mutirão de limpeza na cidade. Esta será a terceira vez, neste ano, que a operação Cidade Limpa passa pelo Riacho Fundo. A Administração pede a ainda ajuda e a colaboração dos moradores para a boa conservação da cidade, para que os terrenos baldios não voltem a ficar tomados pelo lixo.

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