O Ministério Público
Federal no DF (MPF/DF) requereu o arquivamento de procedimento investigatório
criminal envolvendo o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF). A investigação foi iniciada em maio deste ano, a partir
do recebimento de notícia-crime apresentada pelos parlamentares Alvaro Fernandes
Dias, José Agripino Maia, Rubens Bueno, Randolph Frederich Rodrigues Alves,
Antonio Carlos Mendes Thame e Jarbas de Andrade Vasconcelos. No documento, os
autores acusam Lula de praticar os seguintes crimes em conversa mantida com o
ministro Gilmar: coação no curso do processo, tráfico de influência e corrupção
ativa.
Os autores
fundamentaram a denúncia em uma reportagem publicada em revista de circulação
nacional, a qual relatava suposta pressão exercida por Lula sobre o ministro
Gilmar Mendes, para adiar do julgamento da ação penal nº 470 (caso do
“mensalão”). Segundo a matéria jornalística, Lula teria oferecido ao ministro
“blindagem” na “CPI do Cachoeira”, dando a entender que tal favor seria prestado
em troca do adiamento do julgamento.
Em nota à imprensa,
publicada em maio, por meio do Instituto Lula, o ex-presidente demonstrou estar
indignado e alegou que a versão da revista sobre o teor da conversa mantida com
o ministro Gilmar é inverídica. A investigação do Ministério Público sobre o
caso não apontou conduta criminosa por parte de Lula.
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