Esta técnica inovadora permite a identificação do sexo do bebê a partir
de uma amostra de sangue da mãe. “Apenas indivíduos do sexo masculino possuem a
presença do cromossomo Y. Então, o exame baseia-se na pesquisa de fragmentos
deste cromossomo na circulação sanguínea da mãe. Caso ele seja detectado, a
gestação é de um menino. Se não houver a presença do cromossomo Y, a gravidez é
de uma menina”, explica Jurandir Passos, obstetra e especialista em medicina
fetal do laboratório Pasteur. Ele conta que, na hora do exame, todos os
profissionais que fazem a coleta precisam, obrigatoriamente, ser do sexo feminino,
para que nenhum cromossomo Y esteja presente na sala, evitando assim o risco de
contaminação do material e um resultado falso positivo para o sexo masculino.
“Esta medida é tomada para que o resultado seja 99% seguro”, afirma o
especialista.
O médico ressalta,
ainda, que o exame não tem como finalidade detectar gravidez. Desta forma, se a
mulher fizer o teste sem estar grávida, o resultado será menina, pois será
identificada apenas a ausência de DNA masculino.
Resultados
Embora o teste seja
realizado no Brasil desde 2003, ainda é desconhecido por muitas pessoas. Todas
as mulheres grávidas que desejam saber o sexo do bebê, mesmo aquelas que já
tiveram gestações anteriores, podem fazer o exame. As restrições são apenas
para aquelas mulheres que foram transplantadas ou que receberam transfusão de
sangue, uma vez que as células do doador sanguíneo podem se implantar no
receptor e, com isso, interferir no resultado.
Em caso de gravidez de
gêmeos idênticos, os chamados univitelinos, o resultado obtido com o teste de
sexagem fetal é válido para ambos os bebês. Para gêmeos fraternos (presença de
duas placentas), a presença de DNA masculino no sangue da mãe significa que
pelo menos um dos gêmeos é menino. Mas se o resultado apontar ausência do
cromossomo Y, o teste indica que se trata de gêmeas meninas.
Apesar de o exame ter
um índice 99% de acertos, Dr. Jurandir Piassi recomenda a realização do
ultrassom. “Existem algumas alterações cromossômicas fetais que podem levar a
erro na leitura do teste. Então, durante o pré-natal é indicado que a mãe faça
uma ultrassonografia para confirmar o sexo do bebê”, finaliza o médico.
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