No lago e nas ilhas que outrora se misturavam lixo e patinhos, que nadavam alheios ao perigo, agora nem isso se verifica mais. É só lixo, mesmo. Há, no entanto, com as obras de revitalização, uma esperança para os frequentadores do espaço verde. Quando falamos para Marcos Guimarães Ferreira, baiano que há mais de 26 anos, mora na cidade, sobre o anúncio de revitalização, ele foi cético: “Só vendo para crer. De promessas estamos todos cansados”. Entre os milhares de usuários do parque, o funcionário público Roberto Pinto Lopes, morador do Sudoeste, respirou com ar de satisfação: “Revitalizar o Parque da Cidade é uma boa medida para todos. Principalmente os amantes do parque, pois teríamos mais um opção de lazer, enquanto o turismo da cidade também será incrementado”.
Mas nem tudo é euforia. Fato é que “desde a sua inauguração em 1978 nunca houve um projeto sério de conservação, manutenção, usufruto racional e melhorias na estrutura existente do projeto original. O que vemos hoje é o abandono”, disse Romildo Alexandre Peres, que mora na Asa Sul desde a inauguração do espaço verde. Um caso emblemático desse abandono é o Nicolândia Center Park que não possui autorização da Administração Regional de Brasília para funcionar, e desde 2010 opera sem possuir alvará. O estabelecimento obteve apenas uma liminar expedida pela 7ª Vara da Fazenda Pública, que autoriza a permanência no local, exponso crianças e adolescentes em ricos iminentes.
A administração do Parque espera, e tudo leva a acreditar que pela proximidade da Copa das Confederações, pelo menos a escolha das empresas e a preparação das obras ocorram ainda este ano. Melhor que isso, a área no coração do Parque da Cidade, hoje totalmente abandonada, com lixo e sujeira, além de mato por todos os lados, voltaria a respirar e trazer, para muita gente, diversão nos fins de semana. E dividendos sociais para Brasília.
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