quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Especialista em Segurança Privada orienta sobre como prevenir uma tragédia em incêndio

 O destino dos 234 jovens – na maioria universitários – que se divertiam na madrugada do último domingo (27), na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande Sul, foi brutalmente interrompido. As faíscas de um sinalizador atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto, provocando o segundo maior caso de incêndio do país.
Com alto índice de óbito entre jovens, o incidente parou o mundo para prestar solidariedade às famílias das vítimas, com palavras de conforto, protestos nas redes sociais e voluntariado. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (Sindesp/DF), Irenaldo Lima, respeitar as regras de segurança de um ambiente – em que várias pessoas se reúnem – é um dos investimentos mais rentáveis.
“Todos os empresários de casas noturnas deveriam tomar como exemplo o incidente na Boate Kiss. Infelizmente, o aviso veio acompanhado de uma calamidade pública. Não respeitar as leis de segurança de um estabelecimento popular é o mesmo que ser conivente com o homicídio”, opina o presidente.
De acordo com a classificação das edificações conforme os riscos, aprovada pelo Conselho do Sistema de Engenharia de Segurança contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), as boates estão classificadas no nível médio por risco de incêndio.
As empresas também devem submeter os funcionários ao treinamento correto, de combate ao fogo, além de adotar medidas de prevenção coletivas e individuais com constante avaliação do perigo. “O mínimo que o lugar pode oferecer é uma iluminação direcionada para a área da saída”, informa o especialista.
Irenaldo ainda salienta a importância de ter uma equipe de vigilantes competentes e preparada para manter a segurança adequada do espaço. “O lucro faz com que alguns donos de casas noturnas contratem homens, sem preparo técnico, para atuar como seguranças, já que a mão de obra é mais barata do que a do profissional, e esses lugares acabam deixando a desejar, tornando-se uma verdadeira armadilha para os frequentadores”, indigna-se.
Dicas:
- A fumaça gerada nos incêndios é asfixiante e tóxica, portanto evite respirá-la. Se tiver que passar por um local inundado de fumaça, proteja o nariz com um pano úmido ou rasteje; o ar próximo ao solo é mais puro, e o ar quente com os gases tóxicos tende a subir;
- Não sobrecarregue as instalações elétricas com equipamentos para os quais as mesmas não foram dimensionadas;
- Mantenha as instalações elétricas em boas condições de uso, sinalizadas e protegidas;
- Não obstrua as rotas de fuga, saídas de emergência, equipamentos de detecção e alarme de combate a incêndio.

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